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PR bate recorde na produção de frangos

O Estado registrou produção histórica em julho deste ano: 71.161.096 cabeças de frango abatidas.

Redação AI 21/08/2003 – A produção paranaense de aves registrou recorde histórico em julho. No mês, foram abatidas 71.161.096 cabeças de frango, o que representa um crescimento de 14,4% sobre o total abatido em junho. Com relação a julho do ano passado, quando o setor obteve o melhor resultado de 2002, o crescimento foi de 8,5%. De janeiro a julho, a quantidade de frangos abatida no Estado foi de 452.665.364 de cabeças, o que indica incremento de 7,2% sobre o mesmo período do ano passado.

A principal causa dessa performance positiva foi a antecipação da idade de abate dos animais. Domingos Martins, presidente do Sindicato das Indústrias Avícolas do Paraná (Sindiavipar), explicou que no inverno as aves comem mais e, por isso, necessitam de menos dias de vida para atingir o peso adequado. O Paraná, segundo ele, aloja 60 milhões de animais por mês. Por dia, são dois milhões de alojamentos, “Se antecipamos o abate em três dias, há um acréscimo de seis milhões de aves no mês”, contabilizou.

Outro fator é o aquecimento do mercado internacional aliado à conquista de novos compradores pelos frigoríficos paranaenses. Um dos mercados conquistados é o do Japão, que deixou de comprar frango da China após a epidemia de Sars. “Isso favoreceu os exportadores brasileiros, que já são imbatíveis no preço”, comentou.

O consumo também aumentou no mercado interno, estimulando o crescimento da produção. Com a alta no preço das carnes suína e bovina, o frango voltou a ser a alternativa mais barata de proteína animal. Além disso, com a estabilização do Índice Geral de Preços (IGP-M), que vinha diminuindo, os grandes atacadistas voltaram a fazer estoques maiores, aumentando a demanda. O reflexo dessa conjuntura é que o quilo do frango no atacado subiu de R$ 1,65, em julho, para R$ 1,72, em agosto.

Apenas três das 28 avícolas do Estado tiveram queda nos abates, em comparação ao mês de junho. Com relação às empresas que obtiveram bons resultados, um dos destaques é o abatedouro da Chapecó, em Cascavel, há três meses gerenciado pela Globoaves.

Roberto Kaeser, diretor da empresa, revelou que em maio e junho os abates totalizaram 1,2 milhão de aves mensais. Em julho, o volume foi de 1,6 milhão. Segundo ele, o crescimento decorre da otimização da utilização do frigorífico, que hoje trabalha com um turno em capacidade máxima. O projeto, para um futuro próximo, é criar um segundo turno e dobrar a produção.

Hoje, a Globoaves exporta 70% da aves abatidas. O volume produzido pelo segundo turno de trabalho será totalmente destinado ao mercado externo.