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Parceria que deu certo

Um criador de aves de Porto Feliz, em São Paulo, investe numa parceria com assentados da região para aumentar a produção.

Redação AI 07/10/2003 – 04h56 – Ele fornece os pintinhos e a ração e conta com as instalações e a mão-de-obra dos assentados para a engorda. A linhagem das galinhas criadas numa granja em Porto Feliz é de origem francesa. Um trabalho que começou a mais de 10 anos quando Cláudio Rodrigues importou as primeiras matrizes.

Cláudio resolveu ampliar a produção, mas sem dinheiro para construir novos galpões ele decidiu dividir o trabalho e os parceiros ideais ele encontrou num assentamento de agricultores em Porto Feliz.

O sistema de trabalho é o de integração. O agricultor entra com os pintinhos de galinhas poedeiras e de angola, frangos de corte, filhotes de codorna e a ração.

As sete famílias integradas entraram com a mão-de-obra e os barracões, sete no total. Construções feitas para um projeto de produção de ovos e frango do assentamento que não deu certo e estavam abandonados há seis anos.

Os agricultores ganham em média R$0,60 por cabeça de frango ou galinha tratada com as codornas o ganho é menor R$0,15.
Por enquanto, os lucros são aplicados apenas na melhoria das instalações. Em apenas uma hora o trabalho diário é feito. Toda a família participa. Maria das Dores trata das galinhas de angola.

“Tem que ter cuidado com a ração, água, ver se não está faltando nada, se não tem nenhuma ave com problemas. Não é muito difícil”, diz Maria.

Em 60 dias os galpões vão estar com capacidade máxima. Os integrados vão tratar por mês de 7.200 aves e já fazem as contas de quanto isso vai render.

“Calculamos mais ou menos uns R$600,00 por família e vai sobrar uma renda”, diz Osvaldo da Silva, assentado.

“Para mim está bom demais e, para eles, parece que também estão contentes, então, está dando certo”, diz Cláudio Rodrigues.
A parceria começou há três meses.