Da Redação 07/10/2003 – 05h31 – Os US$ 50 milhões de empréstimo que a Sadia acaba de obter serão utilizados como capital de giro para financiar as exportações da empresa desde a fase inicial de produção, segundo informa o diretor de finanças e relações com investidores da Sadia, Luiz Murat. De acordo com ele, as exportações representavam 18% das vendas totais da empresa em 1998 e hoje são 45%.
“Quando vendo um produto no mercado interno, o giro é mais rápido. Na exportação, leva de 25 a 35 dias. O financiamento, nesse caso, é imprescindível”, conta Murat. Importadores da Europa compram 35% das exportações da Sadia, enquanto o mundo árabe absorve 25% e a Rússia, 18%. “Temos uma grande dispersão geográfica entre nossos compradores”, afirma Murat, ao relatar que neste ano as vendas externas da Sadia podem chegar a US$ 700 milhões.
A empresa, conta ele, vem reduzindo seu endividamento. Em 2000, a dívida líquida representava 108% do seu patrimônio, com relação aos 45% de hoje. Não há mais vencimentos previstos para 2003 ou 2004, informa. “Não lançamos eurobônus e não pretendemos lançar. Preferimos usar nossas exportações para obter financiamento mais barato”, completa Murat.
O empréstimo de vencimento em quatro anos, pagando juros de 4% ao ano sobre a Libor, taxa interbancária de Londres, que a empresa acaba de obter foi liderado pelo Banco Standard do Brasil. O presidente do banco, Fábio Solferini, informa que também participaram o Banco do Brasil, o Itaú BBA e o Unibanco. Com participação menor no pré-pagamento à exportação, o espanhol CaixaNova, o Finbank, da ilha mediterrânea de Malta, e o Tower Bank, da América Central.