Sete representantes de instituições de pesquisa, cooperação internacional e fomento, vinculadas ao governo japonês – Japan International Research Center for Agricultural Sciences (Jircas), Japan International Cooperation Agency (JICA) e do Japan Science Technology (JST) – visitam até o próximo dia 31, a Embrapa Soja, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Londrina, PR, para detalhar as linhas de trabalho do projeto da Embrapa/Jircas Desenvolvimento de tecnologias em engenharia genética de culturas com tolerância a estresses contra a degradação do ambiente global.
Na reunião de trabalho, pesquisadores brasileiros e japoneses irão definir conjuntamente como será conduzido o projeto de cinco anos de pesquisa, determinando atividades em diferentes planos de ação, definindo responsabilidades para cada atividade. “A intenção é gerar um documento que estabeleça as bases da cooperação para ser assinado pelas instituições ao final do nosso encontro”, explica o chefe geral da Embrapa Soja, Alexandre Cattelan.
No Brasil, os pesquisadores e técnicos brasileiros serão coordenados pelo pesquisador Alexandre Lima Nepomuceno, da Embrapa Soja, e no Japão, pela pesquisadora Kazuko Yamaguchi-Shinozaki, do JiIRCAS. O gerenciamento dos recursos será feito pelo JICA.
O projeto que pretende desenvolver cultivares de soja tolerantes à seca e a altas temperaturas irá permitir a aquisição de novos equipamentos de biotecnologia, material de laboratório e a contratação de pessoal especializado. “Com os recursos disponíveis neste projeto de cooperação técnica, poderemos ampliar a condução de testes a campo, ampliar estudos de biossegurança e também iniciar o teste de novas estratégias de engenharia genética para o desenvolvimento de cultivares de soja comerciais tolerantes a estresses ambientais como seca e calor”, destaca o pesquisador Alexandre Nepomuceno, da Embrapa Soja.
Parceria – A cooperação técnico-institucional entre a Embrapa Soja e o JIRCAS teve início em 1995, desde então, o JIRCAS mantém escritório responsável pelas pesquisas na América Latina, em Londrina, nas instalações da Embrapa Soja. Agora a cooperação será ampliada com a entrada do JST e JICA, onde o memorando de entendimento prevê a contribuição de pesquisadores visitantes japoneses no Brasil e pesquisadores da Embrapa, no Japão. O acordo de cooperação científica prevê ainda contrapartidas para compra de equipamentos, reagentes e treinamentos, onde os governos japonês e brasileiro aportam recursos.