O avestruz está, aos poucos, conquistando os curitibanos. A marca Premium paranaense Struz comemora os resultados obtidos no primeiro semestre de 2009, que quadriplicou a venda da carne desde o início de suas atividades em 2008.
Segundo Maísa Córdova, presidente da instituição, a estrutiocultura hoje já não possui mais os ranços do passado e é altamente lucrativa. “O avestruz é um animal muito saudável e sua carne, pluma, couro e ovo tem boa aceitação no mercado”, completa.
Mesmo com a crise financeira mundial, a atividade teve balanço positivo e houve aumento na demanda. “Do início até o final de 2008, verificamos que houve um aumento de 30% na venda da carne. Os outros produtos também obtiveram índice semelhante”, comemora Maísa. Embora a produção ainda seja tímida, ela acredita que o Paraná pode se desenvolver ainda mais na área. “Acredito que hoje somos o quinto (estado) na estrutiocultura. São Paulo e Mato Grosso são os principais. Nossa produção hoje gira em torno de mil animais e temos potencial para crescer”, garante.
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O mercado de avestruz consiste basicamente na venda da carne, que responde a 75% da renda obtida. O couro corresponde a 20% e a pluma 5%. “A pluma é destinada para confecção de espanadores, decoração e adornos carnavalescos, que em época de Carnaval além da produção interna, mais 40 toneladas do produto é importada. Já o couro é utilizado na confecção de bolsas, calçados, cintos entre outros produtos. A carne possui um mercado mais fechado, pois o brasileiro ainda não tem o hábito do consumo” detalha Maísa.
A carne comercializada pela Struz tem 70% de sua venda destinada aos restaurantes e 30% é apresentada nas casas de carnes de Curitiba. “O consumidor final está em fase de conhecimento do produto, geralmente experimenta a carne em restaurantes e na seqüência percebemos que o mesmo entra em contato conosco para a compra do produto”, explica o diretor de marketing da Struz, Pedro Maia.
Estamos confiantes com o crescimento do mercado. Nossa meta é atingir o consumidor de Curitiba, mostrar nossa qualidade e os benefícios da carne de avestruz, e na sequência expandir para o Sul do Brasil. “Nossa meta é dobrar o volume de vendas neste segundo semestre de 2009”, avalia Maia.
Onde encontrar a carne – Já é comum comprar bolsas, sapatos, livros, brinquedos , CDS, DVDs e outros artigos pela internet. Até alguns internautas já optam em realizar suas compras de mantimentos pelo computador evitando as filas de supermercado e optando pelo conforto. Pensando nisso, a Struz disponibiliza em seu site a compra on line dos mais diversos cortes da carne de avestruz. Basta apenas entrar no site e realizar o pedido on line do produto.
Segundo Pedro Maia, esse é um conforto que tanto os proprietários de restaurantes, donos de buffets, como também consumidores finais estavam pedindo. “O consumo da carne de avestruz tem aumentado, pois as pessoas estão optando por uma alimentação saborosa e ao mesmo tempo saudável”, explica.
Já nos restaurantes, em Curitiba a Struz já está presente no Forneria Belluna, Oli Gastronomia, Saanga, Cafeteria Oliver (Cia Athletica de Curitiba), Graciosa Country Club, Restaurante Pasárgada entre muitos outros. “No total estamos presentes com o produto em mais de 25 restaurantes de Curitiba, servindo dos pratos mais simples aos mais sofisticados”, enfatiza Maia.
Segundo Leopoldo Guérios, proprietário do Restaurante Forneria Belluna, a carne de avestruz está no cardápio desde o início das atividades da Struz. “No começo os clientes ficaram curiosos pois não sabiam como era a carne, cor ou textura, quando souberam que era vermelha, macia e de suas propriedades ela foi muito bem aceita”, explica.
“Dentre os pratos com maior saída no restaurante está o mignon de avestruz, que diariamente vem conquistando novos adeptos”, comenta Guérios. Outro diferencial dacarne, segundo ele, é a facilidade de manipulação. ” De maneira com que a Struz nos entrega é muito bom para a manipulação, pois os cortes vem em porções e embalados à vácuo. Além disso as combinações são inúmeras, dando ao Chef uma boa liberdade para criar novos pratos”, finaliza.
Preço da carne – O preço da carne, que chegou a assustar há cinco anos, hoje já não é mais um empecilho para o consumo. De acordo com o estrutiocultor, peixes como salmão ou cortes bovinos nobres, como o mignon, são mais caros que o avestruz. “E só uma questão de costume mesmo. O preço já não é desculpa para não comer carne de avestruz. Além disso, ela é bem saborosa e tem um alto valor nutritivo”, informa Maia.
A produção da carne do avestruz paranaense é consumida, por enquanto, apenas no Paraná, vendida para restaurantes e casas de carnes. Entretanto, a ideia é ampliar o mercado. O preço da carne, que chegou a R$ 100 o quilo, hoje sai bem mais em conta. “Temos cortes que variam de R$ 15 até R$ 45. Pode parecer caro num primeiro momento, mas, por ser extremamente saudável, acaba valendo a pena. É uma carne que tem pouquíssimo colesterol, rica em ferro, possui ômega-3 e ômega-6 e não tem contraindicação”, afirma Maísa.
Segundo Pedro Maia, o que motivou a queda do valor da carne foi a diminuição dos custos de produção. “No início, quando não tínhamos idéia de como trabalhar, gastávamos bastante e isso refletia no custo final da carne. Como agora já temos knowhow, conseguimos diminuir em até 150% o preço final da carne”, revela.
