Uma pesquisa da Universidade de Manitoba, no Canadá, afirma que os benefícios nutricionais de sementes da planta cannabis (popularmente conhecida como maconha) em produtos de alimentação humana podem ser efetivamente aplicados em rações animais. A maconha não é aprovada para consumo humano no país, mas seus produtos derivados são permitidos, de acordo com as informações divulgadas pelo site internacional The Poultry Site.
No Canadá, produtos derivados da planta são amplamente utilizados na alimentação humana, mas nenhuma dieta animal foi aprovada, até agora.
Avaliação – Para gerar dados para apoiar o registro de produtos derivados da cannabis para produção de rações animais, os pesquisadores canadenses estão avaliando a segurança e a eficácia das sementes da planta, como ingrediente nas dietas de aves, conforme informaram à imprensa.
O chefe da pesquisa da Universidade, Jim House, afirma que os resultados dos estudos mostraram que a proteína da semente de maconha é de fácil digestão e que deve ser eficaz para a maioria das principais classes de animais. “Agora, nós estamos testando três diferentes classes de produtos à base de cannabis: sementes, óleo e farelo. Testamos também o concentrado de proteína”, revela.
House está fazendo a experiência de produção com galinhas poedeiras e frangos de corte. Ele está avaliando os dados de desempenho, sobre quaisquer questões relacionadas com os índices de saúde animal. “Vamos recolher também os dados sobre a qualidade dos ovos e da carne de frango produzida”.
Segundo informações já divulgadas sobre o estudo, após a conclusão dos experimentos, a equipe de House será capaz de gerar evidências significativas de apoio à utilização da maconha na alimentação animal, especialmente em dietas avícolas.
Ômega-3 – Existe um aspecto único a ser verificado na pesquisa, explica House. Ele envolve o fato de o óleo de cannabis ser rico em ácidos graxos, em sua composição. “Tais ácidos têm uma significativa quantidade de ômega-3, em especial o ácido alfa-linolênico”, diz. “Vamos verificar se tal propriedade poderá ser verificada na carne de frango ou nos ovos. O ômega-3 iria enriquecer os produtos avícolas”.