As marcas de carnes natalinas, como Sadia, Seara e Mabella, estão preparando novidades para atrair o consumidor neste final de ano. É mais um chamariz para atingir a expectativa de aumento das vendas, que chega a 15% em relação ao ano passado.
Segundo a Sadia, o mercado dessas carnes cresce, em média, de 10% a 12 % ao ano. Apesar da retração em 2008, explicada pela crise internacional, a expectativa é de retomar o nível de crescimento pré-turbulência global.
No ano passado, foram vendidas 19,7 mil toneladas de carnes natalinas no país. A Sadia sempre teve como estratégia oferecer o peru de Natal em tamanhos que variam entre três a 14 quilos, justamente para atender a diferentes consumidores. Na empresa, o peru é o produto da linha de carnes comemorativas que mais cresceu nos últimos anos.
Pesquisas indicam que as compras para a ceia de Natal são feitas entre os dias 22 e 23 de dezembro, confirmando a tradição do brasileiro: deixar tudo para a última hora. Entre os principais consumidores para a carne de peru estão o Sudeste (São Paulo e Rio de Janeiro) e o Nordeste.
O mercado promissor fez a Marfrig, segundo maior frigorífico do país, estrear este ano no segmento de produtos para o final de ano com o lançamento de uma linha de peru temperado da marca Mabella.
A empresa afirma que o objetivo é concorrer com BRF Foods, união da Sadia e da Perdigão, cuja fatia nas vendas de perus é de 87%, segundo dados da União Brasileira de Avicultura (UBA).
Como nem só de aves se faz o Natal, o consumidor pode comemorar a redução nos preços da carne suína. O presidente da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), Adriano Manoel dos Santos, afirma que o preço da carne suína diminuiu entre 7% e 10%, por conta da desoneração do ICMS feita pelo governo do Estado.
A novidade da Seara são a costela e o lombo pré-assados com molho barbecue e peso padrão de um quilo.
Uma pesquisa contratada pela empresa em 2007, sobre hábitos de consumo, indica que o peru e as aves modificadas são as carnes mais consumidas no Natal, citadas por 72% dos entrevistados. Os suínos, mais especificamente o tender, ficaram em segundo lugar, com 42%.