De acordo com dados do relatório de Projeções de longo prazo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USA), o consumo global de carne de frango de crescer 16,7% até 2031. O crescimento da demanda projetado para todas as carnes é maior dentre as regiões em desenvolvimento de renda média, incluindo Sudeste Asiático, América Latina, África e Oriente Médio.
Neste cenário o departamento americano estima que o Brasil seguira como o maior exportador de carne de frango. O Brasil deverá responder por 32,5% do crescimento das exportações globais, com exportações subindo 19,6% para 5,2 milhões de toneladas até 2031. As exportações dos EUA devem aumentar quase 13,9% para 4,3 milhões de toneladas durante o período de projeção, enquanto as exportações da UE aumentam 15,9% para quase 2,9 milhões de toneladas. As exportações projetadas de aves da Tailândia, auxiliadas pela proximidade de mercados em crescimento, devem subir 31,7% para quase 1,4 milhão de toneladas até 2031.
O relatório mostra que a carne de aves tem maior crescimento na produção e no consumo em relação à carne bovina e suína. Isto porque, ao contrário da carne bovina e suína, a produção de aves apresenta um crescimento mais forte em muitos países e regiões do mundo. Nos países de média e baixa renda, houve ganhos significativos nos setores de aves em relação às demais carnes. Espera-se que os Estados Unidos, a China e o Brasil respondam por cerca de 33% do consumo global de aves até 2031. A China responde pela maior parcela do aumento do consumo de todas as três carnes ao longo das projeções.
Mercados promissores
Ainda de acordo com o USDA, o crescimento do consumo de aves é mais forte nas economias em desenvolvimento, crescendo 20,8%, onde as economias desenvolvidas crescem 8,5% durante o período de projeção. Taxas de crescimento populacional mais altas nas economias em desenvolvimento e emergentes também contribuem para o forte crescimento do consumo, especialmente nos países africanos.
As importações anuais de carne de aves pelos principais países importadores devem aumentar em 2,6 milhões de toneladas (20,3%), atingindo 15,8 milhões de toneladas até 2031. Espera-se um crescimento amplo nos mercados emergentes da Ásia, América Latina, África do Norte e Subsaariana , e Oriente Médio. O crescimento das importações de pouco a mais lento é projetado para a Rússia, Ucrânia, União Européia, Taiwan e Canadá.
As importações de carne de aves nas regiões da África e Oriente Médio devem crescer 22,3% e 16,8%, respectivamente, de 2023 a 2031. Até 2031, essas regiões combinadas aumentarão suas importações de carne de aves em 1 milhão de toneladas. Os ganhos projetados são resultado da diversificação da dieta baseada na renda, dos baixos preços das aves em relação a outras carnes e das limitações de produção em vários desses países importadores.
As projeções de aumento de renda e urbanização levam ao aumento da demanda de importação de aves no México e na região da América Central e Caribe, onde os produtos de aves importados permanecem mais baratos do que a carne bovina ou suína. A produção de aves do México cresce durante o período de projeção, mas a um ritmo mais lento do que o consumo. Como resultado, as importações de carne de aves do México aumentaram cerca de 17,6% para quase 1,3 milhão de toneladas entre 2023 e 2031. As importações de aves da região da América Central e do Caribe aumentam 26,6%, para 1,1 milhão de toneladas até 2031
O relatório aponta que a China deverá ser um maior importador de aves, uma vez que o consumo supera o crescimento da produção doméstica. As importações de aves da China devem aumentar 30,9%, atingindo mais de 1,2 milhão de toneladas até 2031. Com as exportações de aves da China projetadas para aumentar 23,4% para 571.000 toneladas até 2031, as importações líquidas aumentam quase 40% em 218.000 toneladas durante o período de projeção.