Este ano, na Bolívia, cerca de 80 mil toneladas (t) de milho serão estocadas para abastecer o setor pecuário e garantir a estabilidade dos preços de frango, carne bovina, suína e ovos, informou neste domingo o ministro do Desenvolvimento Produtivo e Economia Plural, Nestor Huanca .
“Estamos estimando que vamos colher cerca de 80.000 toneladas de milho; então, isso praticamente vai ser usado para abastecer nossos setores pecuários. Dessa forma, vamos garantir que as carnes de frango, bovina, suína e de ovos praticamente não sofram alterações de preços”, disse a autoridade em contato com o programa “Las 7 en el 7” da TV Bolívia.
O ministro explicou que os setores: pecuária, aves, suínos e pecuária necessitam de milho amarelo duro para a produção desses alimentos, que são essenciais para a cesta básica das famílias bolivianas.
Nesse sentido, espera-se que este ano produza mais de 1 milhão de toneladas de milho de “todo tipo” em todo o país. Desse montante, pelo menos 86% (924.000 toneladas) é exigido pelo setor pecuário.
“A partir de abril vamos iniciar esse novo processo de coleta. Nossos produtores já iniciaram a coleta neste mês, temos informações de que já estão sendo coletadas cerca de 1.900 toneladas”, enfatizou.
O ministro forneceu esses dados em referência à recente aprovação do Decreto Supremo (DS) 4.680, que autoriza o Ministério do Desenvolvimento Produtivo e Economia Plural a emitir certificados de abastecimento interno e preço justo de milho, sorgo e açúcar.
A aprovação dessa norma significa que a destinação do milho e do sorgo será priorizada ao setor de produção pecuária, de modo que até 31 de dezembro deste ano não haverá venda desses grãos para o mercado externo.
“É disso que estamos cuidando, não deixando esses produtos irem para o mercado externo, mas sim para abastecer o mercado interno e cuidar da alimentação do povo boliviano. Esse é o objetivo deste Decreto Supremo em relação ao milho”, disse.
Em relação ao açúcar, indicou que este produto pode ser exportado, tendo em conta que dos 11 milhões de quintais (qq) previstos para este ano, 9 milhões qq cobrirão a procura interna e haverá um stock de 1,5 milhões de qq/ ABI.