As emissões de dióxido de carbono dos dez maiores poluentes em Portugal desceram de 12,1 milhões de toneladas em 2020 para 10,4 milhões em 2021. A informação foi avançada pela associação ambientalista Zero que concluiu que houve uma redução de 14% de CO2 libertado para atmosfera entre os dois anos.
Das dez instalações nacionais identificadas, a refinaria de Sines, da Petrogal, foi considerada mais poluente pelo segundo ano consecutivo, tendo, inclusivamente, aumentado em 2,4% as emissões de 2020 para 2021.
A Central de Ciclo Combinado da Tapada do Outeiro, da Turbogás, e a do Pego, da Tejo Energia, ocupam o segundo e terceiro lugar, respetivamente.
Na sua grande maioria, os dez maiores poluentes nacionais fazem parte do setor da refinação, produção eletricidade a partir da queima de gás natural e carvão, setor cimenteiro e produção de olefinas.
Esta análise por parte da Zero enquadra-se no trabalho do projeto LIFE Emissions Trading Extra (ETX), financiado pela Comissão Europeia. O objetivo é promover uma participação mais abrangente da sociedade civil para garantir que o Comércio Europeu de Licenças de Emissão favorece o clima e as pessoas.
A Zero ressalvou ainda que, em 2021, verificou-se uma redução da atividade económica de algumas empresas, associada aos efeitos da pandemia, que teve reflexo nas emissões poluentes.
Em fevereiro deste ano, o custo da tonelada de dióxido de carbono atingiu um recente máximo absoluto de 97 euros, estando atualmente nos 83 euros.