Os contratos futuros de soja, milho e trigo registram quedas nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago, influenciados por estimativas de produção recorde e condições climáticas favoráveis nos Estados Unidos.
Soja
Os contratos de soja para novembro recuam 0,28%, cotados a US$ 9,7025 por bushel. Essa pressão negativa surge após a divulgação, na sexta-feira (23/8), de uma estimativa recorde de produção pela ProFarmer, que projeta uma colheita de 129 milhões de toneladas para a safra 2024/25. Esse número supera as 124,90 milhões de toneladas estimadas anteriormente pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O rendimento médio também foi revisado para cima, com uma expectativa de 36,92 sacas por hectare, contra 35,78 sacas previstas anteriormente.
Milho
Os contratos futuros de milho para dezembro caem 0,7%, sendo negociados a US$ 3,8825 por bushel. Essa queda é impulsionada pelo avanço da colheita no sul dos EUA, que deve se intensificar no Meio-Oeste em breve. O ProFarmer projeta uma produção de 380,48 milhões de toneladas para a safra 2024/25, ligeiramente abaixo das 384,74 milhões de toneladas previstas pelo USDA. Além disso, o rendimento médio foi ajustado para 113,69 sacas por hectare, em comparação com as 114,92 sacas estimadas anteriormente. A pressão nos preços é acentuada pelas vendas de milho da safra 2023/24 pelos produtores americanos e pela entrada da safrinha brasileira no mercado.
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Trigo
O trigo também enfrenta um cenário de queda nos preços. Os contratos para dezembro registram uma leve baixa de 0,05%, cotados a US$ 5,2775 por bushel. A intensificação das exportações da região do Mar Negro, especialmente da Ucrânia, que aumentou suas exportações de trigo em 93,18% no ciclo 2024/25, totalizando 2,8 milhões de toneladas, contribui para essa pressão. Além disso, a competitividade do trigo russo, impulsionada pela recente queda nos preços, tem atraído o interesse de compradores internacionais.
A combinação de estimativas de produção recorde e as movimentações do mercado global continua a influenciar negativamente os preços das commodities agrícolas, refletindo a complexidade e a dinâmica do cenário agrícola internacional.
