No contexto do período mais agudo da pandemia, diversas empresas familiares no estado de São Paulo puderam continuar operando graças às linhas de financiamento do Desenvolve SP, que ajudou a mitigar os efeitos da retração econômica ao injetar, desde 2020, mais de R$ 2,3 bilhões na economia estadual através de suas linhas de crédito. Em 2022, a agência de fomento paulista desembolsou para micro, pequenas e médias empresas, boa parte delas negócios de família, cerca de R$ 257 milhões, aumentando a capacidade de investimento em modernização, aquisição de insumos e equipamentos.
As empresas familiares representam hoje no Brasil a maior parte das organizações nacionais. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 90% das empresas no Brasil seguem o modelo familiar. Elas são responsáveis pela produção de 65% do Produto Interno Bruto (PIB) e dispõem de cerca de 75% da força de trabalho do País.
Presidente do Desenvolve SP, Sergio Gusmão Suchodolski destaca o apoio que o empreendimento familiar tem através do banco. “O Desenvolve SP é um banco de última milha. Por isso queremos estar sempre próximos dos empreendimentos e contribuir para o crescimento desses negócios de forma sustentável e com condições diferenciadas de financiamento”, destacou o presidente do Desenvolve SP.
Esse foi o caso de Adilson e Nicholas dos Santos, pai e filho. Há cinco anos no ramo de comunicação visual e merchandising com a empresa 24 Horas Produções e Comunicação Visual, na Vila Carioca, zona sul de São Paulo, os dois contaram com uma das linhas de crédito oferecidas pelo Desenvolve SP para compra e modernização de maquinário, o Programa de Crédito Turístico.
“A empresa começou a crescer e precisamos recorrer a um financiamento para melhorias nas máquinas para economia e produção maior, e o Desenvolve SP foi muito importante nesse crescimento”, afirma Nicholas. “Pretendemos realizar novos financiamentos futuramente com o banco, já que a facilidade e os juros são dois dos pontos principais”, acrescenta.
O empreendedor ressalta que todos trabalharam muito para que não houvesse perdas durante a pandemia. “Eu e meu pai somos muito unidos então isso refletiu na pandemia. Não tivemos tantos danos financeiros e pudemos até investir mais. O pilar é respeito, foco em crescimento e ser feliz em família”, disse.
Segundo avaliação de consultorias econômicas que atuam na área, o crescimento é uma área complexa para as empresas familiares, com a combinação de elementos emocionais e financeiros. A regra geral costuma ser: a cada dois anos, o negócio precisa crescer 10% para manter o patrimônio da família em um nível constante, à medida que as gerações se expandem.