Cuba reduziu as importações de carne de frango durante o mês de novembro, a julgar pelas estatísticas combinadas de 2 dos principais fornecedores do produto: Brasil e Estados Unidos.
Segundo texto do economista Pedro Monreal e do qual teve como principal fonte as estatísticas oficiais, as exportações de frango do Brasil para Cuba cresceram em novembro, mas quando se analisa o total combinado com os EUA há uma redução de 14% em relação a mês anterior, onde foram importadas cerca de 16.820 toneladas.
De acordo com o Itamaraty, os produtores de carne daquele país sul-americano venderam 43,4% a mais de frango a Cuba, o que significa 3.626 toneladas. No entanto, esse nível é inferior ao máximo histórico atingido em julho de 2020, que era de 5.349 toneladas.
Monreal alerta que nas categorias de produtos, tanto as exportações de frango cortado em pedaços quanto de frango inteiro tiveram aumento do Brasil. Por exemplo, o aumento mensal em pedaços de frango foi de 33,5% e houve um notável crescimento de 75,1% nas toneladas de frango inteiro.
O Brasil tem sido o segundo fornecedor tradicional de carne de frango para Cuba, apesar de o preço total ser mais caro porque é mais distante que os EUA. Esse “problema geográfico” tem impacto no comércio exterior cubano, já que as exportações de frango dos Estados Unidos para Cuba foram 4,8 vezes maiores que as do Brasil (proporção que varia mensalmente).
Em novembro, o quilo médio de frango dos Estados Unidos exportado para Cuba era 53 centavos mais barato que o quilo de frango brasileiro enviado a Cuba (sem frete ou seguro).