Os bons números apresentados pelo Mato Grosso do Sul no segmento de suinocultura estão longe de serem obras do acaso ou um ponto fora da curva, pois a verdade é que há anos o estado tem se destacado pelos investimentos realizados para a criação de novas granjas e demais pontos necessários para fazer com que a produção cresça.
Nos últimos dez anos no estado, a produção cresceu 128% e o abate 131%. No ano passado, enquanto os abates de bovinos representaram uma queda no estado de 13,9 mil em relação a 2019, o Valor Bruto da Produção (VBP) dos suínos atingiu o recorde de R$ 1,1 bilhão de faturamento.
Para o crescimento da suinocultura, o Mato Grosso do Sul importa leitões e vem incentivando a entrada de novos produtores no setor. Entre as diversas ações, destaque também para a viabilização de energia elétrica e recursos financeiros.
A criação de novas granjas de suínos é outro ponto importante. Atualmente, 35 novas granjas e dez Unidades de Produção de Leitões (UPLs) estão em fase de projeto ou execução e todas devem ser concluídas até 2022. Sem contar as que já foram inauguradas, como a de Nossa Senhora Aparecida, em Dourados, que é considerada uma das mais tecnológicas do Brasil, e a de Rio Verde, localizada no município com o mesmo nome, e que produzirá 40 mil matrizes por ano. Ao todo, os investimentos em granjas devem chegar a R$ 240 milhões só em 2021.
No caso da granja Nossa Senhora Aparecida, ela possui integração com a Seara e alimentará os mais de 10 mil animais alojados com ração líquida em um ambiente que reúne tecnologia, inovação e economia. A meta é entregar 30 mil animais para o abate por ano.
Atualmente, a suinocultura é responsável por 16 mil empregos no MS, mas com as novas granjas e UPLs, mais cinco mil vagas serão abertas.
Atualmente, o MS ocupa o sexto lugar no ranking de exportação de carne suína do país. Hong Kong é o principal comprador. Em 2020, as exportações cresceram 400% no estado e Cingapura se tornou a segunda compradora.