A diretoria da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou hoje uma resolução que trata da especificação do diesel “verde”. Esse é o primeiro passo para o início da produção e comercialização do produto no Brasil. O biocombustível é feito a partir de gorduras animais ou vegetais, usado em motores do ciclo diesel, como o HVO.
A regulamentação também viabilizará o mercado de bioquerosene de aviação, gerado a partir da produção do diesel verde nas biorrefinarias. Não está claro se a resolução contempla ou não o Diesel R5, ou HBio, patenteado pela Petrobras, e que é obtido a partir do coprocessamento de diesel fóssil e materiais orgânicos que geram um combustível com 5% de produto renovável.
Segundo a ANP, o regulamento está em linha com a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) que visa à expansão do uso de biocombustíveis na matriz energética brasileira. A agência reforça a “previsibilidade para a participação competitiva dos diversos biocombustíveis no mercado nacional e mitigação das emissões dos gases geradores do efeito estufa”.
Produtores de biodiesel temem a possibilidade de integração do diesel verde no mandato atual da mistura ao diesel, que está em 10% por força de uma redução temporária feita pelo governo.
Ainda não há produção de diesel verde no país. A resolução, no entanto, permite que o Brasil possa iniciar a produção de “combustíveis avançados” como já existe nos Estados Unidos, Itália, Finlândia, Singapura, Suécia, Espanha, China e França, diz a ANP em nota