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Crédito

Como o Brasil pode embarcar no mercado bilionário de créditos de carbono?

Créditos de carbono são na realidade certificados digitais, que comprovam que 1 tonelada de CO2 não foram para atmosfera do planeta, e o Brasil pode estar bem próximo de ingressar neste mercado promissor

Como o Brasil pode embarcar no mercado bilionário de créditos de carbono?

O mercado de créditos de carbono tem despertado cada vez mais o interesse dos investidores e não é para menos. Em 2020, a economia de créditos de carbono no mundo movimentou € 229 bilhões — aproximadamente R$ 1,419 trilhão –, 20% acima do ano anterior e cinco vezes mais do que em 2017, segundo relatório publicado pela XP Investimentos.

O crédito de carbono é na realidade um certificado digital, que comprova que 1 tonelada de CO2 não foi para atmosfera. É um bem intangível, perene, dolarizado, reconhecido internacionalmente e é totalmente digital, conforme explica o analista da Empiricus, Matheus Spiess.

E o Brasil pode estar bem próximo de ingressar neste mercado promissor, que já existe há pelo menos 15 anos na Europa, e seguindo o exemplo da China, que no final de julho deste ano se apresentou como o maior mercado de créditos de carbono do planeta.

Setores interessados aumentaram a pressão sobre a aprovação do PL (Projeto de Lei) 528/2021, que trata da regulação do mercado de créditos de carbono no país, e tramita na Câmara dos Deputados.

A proposta de autoria do deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) pretende, além de fomentar o mercado voluntário de crédito de carbono no Brasil, criar um mercado obrigatório (ou regulado) por meio do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE).