Por Anderson Oliveira
As atenções da indústria avícola brasileira se voltam neste começo de 2019 para a relação cada vez mais próxima entre o presidente do País, Jair Bolsonaro, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. É que os gestos e concessões do brasileiro ao país que vive intensos conflitos com o mundo árabe podem causar danos irreparáveis a um mercado de mais de R$ 10 bilhões ao ano. Em visita a Israel, Bolsonaro pareceu ter voltado atrás na decisão de transferir a embaixada brasileira para Jerusalém, optando por um escritório comercial na cidade sagrada. Contudo, ainda durante a viagem, disse que não havia descartado a pretensão inicial. Seria mais um ponto de tensão entre a indústria de frango brasileira e alguns de seus principais consumidores, dentre eles Arábia Saudita e Emirados Árabes. Nos últimos dois anos, o primeiro reduziu significativamente as importações de frango halal. Os argumentos foram sempre técnicos: o método de atordoamento antes do abate – o que contraria preceitos da religião islâmica – e problemas verificados durante a inspeção a frigoríficos – quando o país descredenciou 33 estabelecimentos brasileiros. O temor do mercado é de que a proximidade entre o Brasil e Israel suscite novas medidas restritivas à proteína brasileira.
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