O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, anunciou na manhã desta quinta-feira (17), que a Coreia do Sul abriu seu mercado para a carne suína do Brasil. Segundo ele, inicialmente as exportações sairão de Santa Catarina.
Maggi aponta que neste estado já existem quatro estabelecimentos credenciados para a exportação de carne suína para o país. “Mas com a declaração da OIE de país livre de febre aftosa, iremos avançar para outros estados em breve”, ressaltou.
O ministro comemorou a abertura do novo mercado que, de acordo com ele, pode chegar a US$ 1,5 bilhões por ano. Maggi viaja neste sábado a Paris para receber da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) o certificado de país livre da febre aftosa com vacinação.
As negociações com a Coreia do Sul para exportação de carne suína foram iniciadas em setembro de 2016 durante a visita do ministro ao país. Após isso, foram retomadas em fevereiro deste ano com a visita da missão chefiada pelo secretário-executivo Eumar Novacki. Missões técnicas coreanas foram enviadas ao Brasil para habilitação dos frigoríficos. A expectativa do setor é de que o Brasil exporte para a Coreia do Sul mais de 30 mil toneladas de carne suína por ano.
Exportação
Em 2017, as importações mundiais de carne suína in natura somaram US$ 16,25 bilhões. A Coreia do Sul foi o terceiro maior importador mundial do produto, atrás apenas do Japão e da China, com US$ 1,53 bilhão e 489,5 mil toneladas em aquisições. Esse montante representou crescimento de 20% em relação ao valor importado em 2016 e 5% sobre a quantidade.
As exportações brasileiras de carne suína in natura alcançaram a cifra de US$ 1,47 bilhão em 2017 (592,6 mil toneladas). Desse montante, 40,5% foram vendas a partir de Santa Catarina, o que representou US$ 593 milhões, tornando o estado o principal exportador do produto.