O empresário Wesley Batista, presidente global da JBS, afirmou ao Ministério Público Federal (MPR) que o doleiro Lúcio Funaro, que está preso no âmbito da Operação LavaJato, recebeu R$ 11 milhões da empresa após um acordo judicial.
No termo de acordo de delação premiada, Wesley afirmou que foi apresentado ao dono do grupo paranaense Jandelle/Big Frango, Evaldo Ulinsky, em 2012, por Funaro. Segundo Wesley, Funaro tinha interesse em intermediar a aquisição do Big Frango pela JBS com o intuito de receber uma comissão pela intermediação da operação de compra e venda da empresa.
No entanto, a JBS não fechou a compra do Big Frango naquele ano. Posteriormente, em 2015, a JBS comprou a Jandelle/Big Frango, mas sem a intermediação de Lúcio Funaro. No entanto, Funaro havia ajuizado uma ação contra a companhia paranaense. O doleiro cobrava da Big Frango, quando ainda não pertencia à JBS, R$ 25 milhões. Após a compra da empresa pela JBS, houve um acordo judicial com Funaro, que recebeu R$ 11 milhões em setembro de 2015. No termo de colaboração, Wesley não cita ilegalidades nesse episódio.