Os preços da soja apresentaram valorização ao longo de novembro no mercado brasileiro, período marcado por momentos de boa comercialização, principalmente de negociações antecipadas. A boa valorização do câmbio e a alta acumulada nos contratos futuros de Chicago sustentaram as cotações domésticas.
A saca de 60 quilos subiu de R$ 74,50 para R$ 79,50 entre os dias 31 de outubro e 2 de dezembro em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preço passou de R$ 72,50 para R$ 76,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação caiu de R$ 72,50 para R$ 69,00. Em Dourados (MS), a saca saiu de R$ 69,00 para R$ 71,00. Em Rio Verde (GO), o preço passou de R$ 72,00 para R$ 73,00.
Os contratos com vencimento em janeiro acumularam valorização de 2,03%, passando de US$ 10,11 ¾ para US$ 10,32 ¼ no mês. O mercado foi sustentado pela boa demanda pela soja americana e só não subiu mais em função da expectativa de ampla oferta global da oleaginosa.
O relatório de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou as suas estimativas para produção e estoques finais norte-americanos para a temporada 2016/17.
Para 2016/17, os estoques foram elevados de 395 milhões ou 10,75 milhões de toneladas para 480 milhões de bushels ou 13,06 milhões de toneladas. O mercado apostava em 420 milhões, equivalente a 11,43 milhões de toneladas. A safra foi elevada de 4,269 bilhões – 116,2 milhões de toneladas – para 4,361 bilhões, o equivalente a 118,68 milhões de toneladas.
O mercado esperava 4,318 bilhões – 117,5 milhões. As exportações foram elevadas de 2,025 bilhões para 2,050 bilhões de bushels. O esmagamento está projetado em 1,930 bilhão, contra 1,950 bilhão do relatório anterior.
O câmbio ajudou bastante a sustentar o mercado interno. Desde a surpreendente vitória de Donald Trump para as eleições americanas, a aversão ao risco aumentou e o dólar comercial se valorizou 9% no período, saltando de US$ 3,185 para US$ 3,474. Este movimento se intensificou com os problemas políticos no Brasil no final do mês.