“O modelo de produção agrícola que prevalece hoje, não é adequado para os novos desafios da segurança alimentar no século XXI”, disse hoje (23/02) o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva. “Embora o número de pessoas cronicamente famintas tenha sido reduzida em 100 milhões ao longo da última década, 805 milhões de pessoas ainda passam fome”, afirmou o dirigente aos ministros, cientistas, agricultores e representantes da sociedade civil que se reuniram em Paris, na França, em Fórum Internacional sobre a Agricultura e as Alterações Climáticas, organizado pelo governo francês.
Segundo Silva, o aumento da produção foi sempre considerado como o caminho natural para acabar com a fome, mas hoje, mesmo que o mundo produza alimentos suficientes para todos, a fome segue como um problema. “O aumento da produção de alimentos não é uma condição suficiente para a segurança alimentar, isto significa que a maneira como estamos produzindo não é mais aceitável”, lamentou.
“O que temos hoje ainda é essencialmente um modelo de produção que não pode impedir a degradação e perda de biodiversidade, e ambos são bens essenciais, especialmente para as gerações futuras. Este modelo de agricultura deve ser revisto. Precisamos de uma mudança de paradigma: Os sistemas de alimentação devem ser mais sustentáveis, inclusivos e resistentes”, pontuou o chefe da FAO.
Veja mais informações sobre a opinião do dirigente aqui (em espanhol). Saiba mais sobre o Fórum Internacional sobre a Agricultura e as Alterações Climáticas realizado em Paris aqui.
Com informações da FAO.