De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (30.07), com a liberação dos primeiros custeios pelos agentes financeiros, dentro das regras do novo Plano Safra, os produtores de milho do Rio Grande do Sul já iniciaram a compra de sementes e insumos para o plantio da safra 2015-2016.
Em alguns municípios das Missões e Fronteira Noroeste, nesta época o agricultor já iniciaria o plantio da nova safra. Entretanto, isso não vem ocorrendo, segundo os técnicos da Emater/RS-Ascar, em função do excesso de chuva e da preocupação quanto à ocorrência de geadas tardias. Outra barreira é o custo da implantação da cultura. Alguns insumos, como a semente, sofreram aumento real (descontada a inflação) de 14,5%; a ureia, de 14%, e o adubo formulado teve aumento real de 13%, em média. Com o incremento nos preços, é bem possível que, na próxima safra, haja nova redução de área plantada com o grão, cedendo lugar à soja, que tem um custo de produção mais baixo e valor de venda mais elevado. Na relação direta entre os preços, o valor da soja é três vezes maior, considerando os preços desta semana: 20 kg de soja valem o mesmo que 60 kg de milho.
Em relação ao trigo, o retorno do sol e a ocorrência de temperaturas amenas e frias beneficiam a cultura no Estado, aumentando a taxa fotossintética das plantas, reduzida devido ao longo período de dias encobertos. Segundo a Emater/RS-Ascar, a boa radiação solar e o frio, apesar de não ser muito intenso, inibem à incidência de doenças, principalmente manchas foliares e ferrugem que já estão ocorrendo nas lavouras.
Com esse cenário os triticultores praticamente encerraram o plantio da safra 2015. A dúvida que persiste é se as áreas que ainda faltam ser semeadas serão ou não finalizadas, devido ao atraso em relação ao período ideal. A tendência, em vários municípios, é uma redução de área ainda maior que a projetada.