A abundância de água e outros recursos naturais e a alta produtividade vão garantir ao País o espaço conquistado como grande exportador mundial de alimentos, declarou o ex-ministro Delfim Netto.
De acordo com Delfim Netto, a China possui terra o suficiente para produzir a demanda interna de soja, mas não dispõe de água.
“O Brasil é um grande exportador de água. Para se ter uma ideia, cada quilo de carne bovina produzida consome 15 mil litros de água”, comentou.
Na ocasião, ele defendeu o ajuste fiscal como forma de o Brasil retomar o crescimento.
“Temos de cortar gastos, não podemos comprometer 8% a 9% do PIB (Produto Interno Bruto) com despesas discricionárias”, sugeriu Delfim Netto, apontando a necessidade de o Congresso Nacional retomar o papel de protagonista na aprovação de medidas econômicas.
Ainda conforme opinião do ex-ministro, o investimento em tecnologia é a chave para o contínuo crescimento nacional e deve ser direcionado a novas modificações de produtos, mais resistentes, em razão das mudanças climáticas.
“O papel do País como celeiro do mundo dependerá de se manter os recursos em pesquisa”, disse ele, destacando o papel da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), “que transformou nosso maior passivo em ativo, o Cerrado”.