Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Segurança alimentar

Kátia Abreu propõe parceria na América em nome da segurança alimentar

Região tem condições de oferecer ao mundo sistema eficiente de defesa animal e vegetal, diz ministra, durante reunião no Itamaraty.

Kátia Abreu propõe parceria na América em nome da segurança alimentar

“Não há direito humano mais elementar e fundamental que o da segurança alimentar. Comida não é apenas qualidade de vida, é a própria vida”. Com essas palavras, a ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) abriu nesta quarta-feira (2) a Reunião Interamericana de Serviços Nacionais de Sanidade Animal, Vegetal e Inocuidade dos Alimentos frente aos Desafios do Comércio Internacional (Risavia 2015).

Durante a reunião, promovida pelo Mapa em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), a ministra defendeu a integração entre os países americanos em nome da segurança alimentar e do combate à fome. Representantes de 36 nações das Américas do Sul, Central e do Norte participam da Risavia 2015, que ocorre nesta quarta-feira (2) e amanhã (3), no Palácio Itamaraty, em Brasília.

“Fome não tem ideologia. Ao contrário, são as ideologias que duelam para sustentar a tese de que são mais eficazes nesse combate. Em vez de estimular esse duelo, o que proponho aqui é que nos coloquemos bem além dessas divergências, ainda que sinceras, e encontremos traços de união, que gerem um roteiro comum de trabalho, que beneficie a todos”, disse a ministra.
Kátia Abreu afirmou que, depois de décadas importando modelos externos de produção, hoje as Américas têm métodos e tecnologias próprias e condições de oferecer ao mundo um sistema sofisticado de defesa sanitária, garantindo confiabilidade aos produtos.

“Como exportadores de alimentos – e, unidos, somos uma potência alimentar –, cuidamos não apenas do bem-estar de nossos povos, mas da própria humanidade”, destacou a ministra.

O tema do encontro, que reúne técnicos em defesa agropecuária de todos os países das Américas, é a harmonização de regras sanitárias e fitossanitárias, a fim de ampliar o comércio internacional e garantir a segurança alimentar. O resultado das discussões deverá ser condensado em um documento, a ser apresentado durante reunião ministerial que o IICA promoverá em outubro.

A ministra também defendeu a harmonização de procedimentos em análise risco, com objetivo de padronizar o comportamento no combate a pragas e doenças e ampliar o comércio entre as nações – medida que será necessária para a criação de uma plataforma única de gestão agropecuária nas américas. Para ela, a América, com seu patrimônio natural exuberante, é o continente mais qualificado para suprir a demanda crescente por alimentos no mundo.

“Tenho a firme crença de que temos condições de suprir essa necessidade. A condição primeira é estarmos unidos, para além de nossas diferenças culturais, sociais, econômicas e políticas”, afirmou. “Nossas diferenças, em vez de base de conflitos, podem ser a nossa fortaleza, tendo na ciência um caminho seguro para o estímulo aos intercâmbios comerciais, sem prejuízo à proteção dos nossos patrimônios agrícolas e pecuários e de nosso mercado consumidor.”