As recentes mortes de frangos no Brasil por causa de problemas causados por falhas em sistemas de ventilação automatizados decorrentes interrupções no fornecimento de energia elétrica chamou a atenção da Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA, na sigla em inglês).
Em comunicado, a entidade destacou notícias que circularam na imprensa sobre a morte de 45 mil frangos em Martinópolis (SP), 18 mil em Marau (RS), 25 mil em Maringá (PR) e 4 mil em Sorocaba (SP), municípios que estão entre os que padecem com o calor e a falta de chuvas no país atualmente.
“Apesar de estar entre os três maiores produtores de aves do planeta e liderar a exportação mundial, o Brasil ainda carece de uma normatização que exija um plano de contingência e resposta a emergência para queda de energia, desastres naturais ou outras situações de risco”, afirma a WSPA.
Diante de uma produção que superou 6 bilhões de aves de corte no ano passado, essas mortes não tiveram reflexo sobre os preços, ainda que tenham prejudicado as empresas que já enfrentaram problemas derivados das altas temperaturas registradas em áreas das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste nas últimas semanas.
No mercado de boi gordo, contudo, o calor e a estiagem têm influenciado a alta do boi gordo, mercado no qual está restrita a oferta de animais por conta dos reflexos da seca sobre as pastagens. O indicador Esalq/BM$FBovespa para a arroba negociada no Estado de São Paulo chegou ontem a R$ 117,63, com valorização acumulada neste mês de 2,35%. De acordo com o Cepea, a demanda dos frigoríficos, nesse contexto, permanece retraída.