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Agroindústrias

Mercado de vizinhança é filão para a indústria agropecuária

Frangos Pioneiro investe no segmento em Curitiba e região.

Mercado de vizinhança é filão para a indústria agropecuária

Diálogo franco, relacionamento direto e negociação mais flexível são características inerentes ao chamado varejo compacto ou supermercado de vizinhança (com até quatro check-outs). A Frangos Pioneiro – indústria de comércio de frangos e seus derivados, localizada no norte pioneiro paranaense, aposta nesse filão, que hoje já é responsável por 40% do volume de vendas do setor de alimentos, higiene, beleza e limpeza segundo estudo da GfK Brasil, encomendado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em  2012.
Embora não abra mão de disputar pequenas fatias de grandes clientes, em que a concorrência é mais acirrada e competitiva, a empresa do norte pioneiro investe há pouco mais de cinco anos em supermercados menores de metrópoles como o da Grande Curitiba e Litoral, cuja a negociação pessoalmente ainda é o mais importante. “Para vender para este público investimos no relacionamento e na credibilidade, o cliente faz o pedido e sabe que será entregue. Já conhece e confia na nossa qualidade e, muitas vezes, as vantagens são tão significativas, que ele não se importa em pagar alguns centavos a mais, porque vai valer a pena”, diz Fábio Thibes, gerente Comercial da Pioneiros Alimentos.
A Frangos Pioneiro divide o setor comercial em quatro canais de atendimento: Distribuidor e Atacadista, Institucionais (food service, licitações, etc.), Exportações, Grandes redes e Varejo que, sozinho, é responsável por 50% de toda a produção de frango da indústria, calculada em cerca de 390 toneladas por dia, sendo mais 80 toneladas de embutidos por dia. O varejo compacto ocupa lugar de destaque no atendimento da empresa, que acompanha de perto os números e características desse filão. “Só nos últimos três anos percebemos que, na prática, enquanto a média de crescimento dos maiores supermercados não ultrapassava os 10%, os mercados de bairros e sem bandeiras fortes expandiram seus negócios mais de 30% acima da média do setor”, afirma.
Os motivos para esse aumento estão relacionados à comodidade que o mercado de vizinhança oferece: a proximidade de casa e facilidade, filas menores no caixa e até o maior relacionamento com os donos e funcionário do estabelecimento. “Mudou o comportamento das pessoas. Há duas décadas as famílias eram maiores e a inflação era galopante, então, a compra era feita e estocava-se o mês inteiro. Agora, as pessoas compram o que estão precisando naquele momento, preferem comprar perto de suas casas, sem precisar enfrentar trânsito intenso ou procura vaga no estacionamento”, explica Thibes.