Levantamentos feitos pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações de carne de frango do Brasil (incluindo frango inteiro, cortes, salgados e processados) totalizaram 371,6 mil toneladas em julho de 2014, resultado 9,6% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Em receita, houve aumento de 14,3% segundo o mesmo período comparativo, chegando a US$ 774,4 milhões – número que é recorde histórico no levantamento mensal do setor.
Considerando o saldo total do ano, as exportações de carne de frango atingiram 2,274 milhões de toneladas entre janeiro e julho, resultado 2% maior em relação aos sete primeiros meses de 2013. Com este volume embarcado, o setor obteve receita de US$ 4,491 bilhões, dado 5,9% menor em relação ao alcançado entre janeiro e julho do ano passado.
“O saldo recorde atingido com a receita de julho, com crescimento superior ao dos volumes exportados, atesta a retomada dos níveis nos preços internacionais das exportações brasileiras de carne de frango”, destaca o presidente executivo da ABPA, Francisco Turra.
Conforme o vice-presidente de aves, Ricardo Santin, outro ponto defendido pela ABPA com relação ao desempenho das exportações foi comprovado nos resultados de julho: a retomada nos volumes de embarques.
“O volume quase 10% maior em relação ao mesmo período do ano passado mostra a tendência apresentada pela ABPA, de retomada nos níveis dos embarques no segundo semestre, o que sustenta as previsões positivas para o saldo geral de 2014”, ressalta Santin.
Carne suína in natura – Conforme os dados da ABPA, as exportações brasileiras de carne suína in natura em julho registraram queda de 20,5% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 34,4 mil toneladas. Em receita, houve crescimento de 10% segundo a mesma comparação, com US$ 126,1 milhões.
No acumulado de 2014 (janeiro a julho), foram embarcadas 200,8 mil toneladas de carne suína in natura, resultado 1% menor em relação sete primeiros meses de 2013. Em receita, houve aumento de 12,6% no mesmo período comparativo, com US$ 635,9 milhões.
“O comércio exterior do segmento permanece enxuto e pressionado pelas ocorrências sanitárias de Diarreia Suína Epidêmica (PED) na América do Norte e pelo cenário político no leste europeu. Neste contexto, mesmo com volumes menores, os embarques de carne suína vêm alcançando receitas superiores às de 2013”, destaca o vice-presidente de suínos da ABPA, Rui Eduardo Saldanha Vargas.