A Rússia já gastou US$ 2,30 bilhões com compras de produtos do agronegócio brasileiro de janeiro a agosto deste ano. Como comparação a refletir o incremento dos negócios neste ano, nos doze meses de 2013 as exportações do agronegócio para os russos totalizaram US$ 2,75 bilhões. Os dados são do Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (Agrostat).
E olha que faltam ainda cinco meses de exportações para aquele país. A comercialização mais intensa está sendo com as carnes, o açúcar e o café.
Como meus leitores sabem, a Rússia embargou as importações de produtos dos EUA e da União Européia em represália a sanções que haviam sido impostas pelo Ocidente por conta da crise na Ucrânia. Os números mostram que o Brasil vem ocupando esse espaço. E olha que a concorrência é forte até por parte de países latino-americanos, como Argentina e Chile.
O forte incremento da comercializaçao nos últimos meses levou para a 23ª edição da Word Food Moscow, realizado na semana passada, em Moscou, 36 empresas do setor de carnes bovina, suína e aves, e também de frutas, legumes, bebidas, café, chá e alimentos enlatados.
O Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa) ressaltou a participação, pela primeira vez, do setor de lácteos. Sim, o pessoal do leite abrindo novos mercados. O Ministério acredita que o os negócios com os russos devem aumentar ainda mais nos próximos meses.
Os dois pavilhões do Brasil foram organizados pelo Mapa e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). A participação brasileira teve também o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos).
É o que eu digo sempre. Enquanto uns reclamam outros vão à luta.