O fluxo de chuvas no litoral do Estado do Paraná já deixou o Porto de Paranaguá, de janeiro até terça-feira (19/3), paralisado por 27 dias, seis horas e 24 minutos. Até o final de fevereiro, o Corredor de Exportação movimentou cerca de dois milhões de toneladas de grãos. Em março, segundo a superintendência dos portos, o volume escoado poderia ter sido o dobro do que foi embarcado até agora.
Com as constantes paralisações, o Corredor de Exportação que consegue embarcar uma média de 80 mil toneladas por dia – quando o tempo está seco – está embarcando menos da metade deste volume, o que atrasa bastante a liberação dos navios.
Na manhã de ontem (20/3), 73 navios aguardavam ao largo para carregar grãos em Paranaguá. No entanto, apenas quatro deles possuem carga completa e estariam aptos a embarcar. Outros 18 apresentam carga parcial e 53 não possuem carga. Entre os navios que não tem carga nominada, ocorrem duas situações: ou a carga ainda não chegou do interior, ou não foram sequer negociadas.
Além das chuvas, dificulta as operações o fato de o porto estar trabalhando no esocamento de soja e milho ao mesmo tempo, embora a previsão é de que, dentro de poucos dias, poderão dar vazão à soja desta safra.
Nos meses de janeiro e fevereiro, foram exportadas pelo Corredor de Exportação 2 milhões de toneladas de grãos, sendo 942 mil toneladas de milho, 512 mil toneladas de soja, 543 mil toneladas de farelo de soja e 31 mil toneladas de trigo. O volume é praticamente igual ao exportado no mesmo período do ano passado com destaque para as exportações de milho, que tiveram alta de 288%.