Enquanto a produção de grãos segue em ritmo acelerado, o transporte fica parado nas estradas. Na rodovia Anchieta, que dá acesso ao Porto de Santos, a fila de caminhões chegou a 12 quilômetros na segunda-feira (22).
Todas as operações portuárias são fiscalizadas pela Codesp, Companhia Docas do Estado de São Paulo, que ainda tem o dever de interferir em situações como a que o porto vive hoje.
A Codesp informa que problemas técnicos em dois terminais do Porto de Santos estariam provocando as filas de caminhões e que liberou algumas vias internas para o estacionamento dos veículos em caráter emergencial.
No mar, mais filas. Trinta navios que vieram buscar soja aguardam liberação para atracar. Um deles está a mais de 40 dias na barra. A Codesp diz que esse tempo de espera é normal, mas os especialistas garantem que o prejuízo é grande para os importadores.
Desde sexta-feira (19), serviços públicos como a Receita Federal, a Vigilância Sanitária e o Ministério da Agricultura estão trabalhando 24 horas para tentar acelerar o escoamento da safra no porto, mas a iniciativa começou um pouco tarde. Mais uma empresa chinesa cancelou a compra de soja do Brasil por causa dos atrasos. A informação foi confirmada pelo senador de Mato Grosso, Blairo Maggi, que é produtor do grão.