A inflação mensal de alimentos (*)[1] da região alcançou 1,3% em março, um nível duas vezes maior que a de fevereiro, disse hoje a FAO.
O Informe Mensal de Preços da FAO explica que este aumento se deve a incrementos da inflação mensal dos alimentos superiores a 2% no México e na Venezuela, assim como o retorno das taxas positivas no Chile, Colômbia, Equador, Peru e República Dominicana.
A inflação geral regional alcançou 0,7% em março, um nível muito similar ao registrado nos últimos seis meses.
Dentro dos produtos de maior incidência positiva na inflação geral dos países da região, durante março, destacaram-se o tomate e a batata.
América do Sul
O aumento mais significativo na inflação mensal dos alimentos em março se observou na Venezuela, com uma subida de mais de 3%, em março, destacando ainda que esta cifra é semelhante ao nível alcançado pela inflação mensal geral durante o mesmo mês.
Em outros países também foram relatadas altas importantes na inflação alimentar, ainda que em menor magnitude: no Brasil e no Uruguai, a inflação mensal dos alimentos ultrapassou 1%, superando a inflação geral mensal.
Um fenômeno particular observado durante o mês de março foram as variações positivas moderadas nos índices de preços dos alimentos no Chile, Colômbia, Equador e Peru, países que em fevereiro haviam relatado variações negativas neste índice.
América Central, México e Caribe
A maior inflação mensal dos alimentos desta sub-região se registrou no México, com um aumento de 2% em março. Trata-se de um forte incremento se comparado com a nula variação de fevereiro, e com a inflação mensal geral, que foi de apenas 0,7%.
Guatemala, El Salvador e Haiti registraram taxas de inflação mensal de alimentos de aproximadamente 1%. No entanto, com exceção do ocorrido na Guatemala, este comportamento foi muito semelhante ao observado durante fevereiro.
Em Honduras, Panamá e República Dominicana, a inflação mensal de alimentos e a inflação geral variaram cerca de 0,5%. No caso da República Dominicana, isso contrasta com a forte queda de -1,2% observada na inflação mensal dos alimentos em fevereiro.
Costa Rica e Nicarágua são os únicos casos em que a variação do índice de preços dos alimentos foi negativa durante março.
Principais alimentos que incidiram na inflação mensal dos países da ALC
Durante o mês de março, o tomate foi novamente o produto de maior relevância para explicar as variações nos índices de preços ao consumidor de vários países da América Latina e Caribe. Ao contrário dos preços de produtos como a banana, que tiveram quedas em alguns países da região.
Preços internacionais dos alimentos
O índice de preços dos alimentos da FAO aumentou cerca de 1% em março, principalmente impulsado pelos produtos lácteos, que tiveram um crescimento de 11%, em média, em março. No mesmo mês, os índices de preços internacionais das carnes e dos óleos e gorduras caíram 2%.
Do ponto de vista anual, o índice da FAO acumula uma redução de quase 2% nos últimos 12 meses, em grande parte explicada pelas reduções de 23% e 18% dos preços do açúcar e dos óleos e gorduras, respectivamente, apesar da variação de 7% com grãos.