A Coopercentral Aurora Alimentos obteve a média de 15 mil toneladas por mês em exportações de carnes no primeiro semestre deste ano: totalizou 92,9 mil toneladas em embarques de janeiro a junho, com incremento de 31% em volumes e crescimento de 45% em receitas (483,4 milhões de reais).
As exportações de carne de frango somaram 64.674 toneladas (aumento de 33,2%) e resultaram em 333,7 milhões de reais, com crescimento de 55,3% na receita. As vendas de carne suína da Aurora no mercado mundial subiram para 23.775 toneladas e 140,6 milhões de reais, com evolução de +16% em volumes e +25,6% em divisas. Também foram exportadas, no período, 3.399 toneladas de matéria-prima (5,2 milhões de reais) e 1.115 toneladas de industrializados (3,7 milhões de reais).
De acordo com o presidente Mário Lanznaster, o segmento do frango registrou o maior crescimento, refletindo as recentes incorporações das plantas industriais do FAG (Frigorífico Aurora Guatambu, ex-Bondio) e FAX (Frigorífico Aurora Xaxim, ex-Diplomata). Essa expansão da capacidade produtiva permitiu ampliar as exportações para clientes já tradicionais da Aurora e para novos que se incorporaram a carteira dos seus parceiros comerciais. Também contribuiu para que muitos avicultores pudessem permanecer com sua atividade produtiva, através desses frigoríficos.
O gerente geral de exportação Dilvo Casagranda observa que durante todo o primeiro semestre o mercado mundial permaneceu estável, sem grandes alterações no consumo e com a oferta relativamente controlada. “No final do semestre, houve certa retração do mercado doméstico e as empresas tiveram alguma dificuldade de escoar os volumes ofertados”, expôs.
O crescimento do volume de matérias-primas está baseado principalmente nas exportações de carne mecanicamente separada (CMS) de aves que, anteriormente, as plantas incorporadas da Aurora utilizavam nos produtos industrializados. Agora, aproveitando um mercado que aquelas plantas já detinham, passou-se a exportar estes excedentes.
De outro lado, no primeiro semestre de 2013 a carne suína continuou enfrentando dificuldades mercadológicas, o que inviabilizou crescimento mais expressivo. A Argentina continuou restringindo a liberação de licenças de importação: o Brasil exportava em torno de 3,5 mil toneladas por mês e baixou para 1 mil tons/mês. A Ucrânia – importante importador de carne suína brasileira – fechou temporariamente o mercado de março a junho. “Tudo isso resultou em um semestre extremamente difícil para as exportações brasileiras de carne suína”, salienta o gerente geral.
“Todos os produtores sentiram as dificuldades de um mercado complicado para a carne suína, mas, felizmente, no final do semestre, o retorno das exportações para a Ucrânia e a oficialização da abertura do mercado japonês para as exportações de carne suína de SC animaram a cadeia produtiva,” expõe. E conclui: “Mesmo assim, temos que ter os pés no chão, pois o mercado não está com crescimento de demanda. Em muitos deles sequer tivemos a recuperação das economias e das importações de carnes, o que faz com que os negócios aconteçam de forma lenta.”
EXPRESSÃO
Uma das poucas grandes empresas de Santa Catarina com capital 100% catarinense é a Coopercentral Aurora Alimentos. Entre as empresas do segmento de carnes, é a terceira marca mais referenciada em todo o Brasil. Possui 20.000 colaboradores. Abate 700.000 aves por dia (deve chegar a 1 milhão de aves/dia até o final deste ano) e 14.500 suínos/dia. Processa 1,5 milhão de litros/dia de leite. Tem mais de 100.000 clientes em todo o Brasil e exporta para 60 países. Suas ações sociais/assistenciais atingiram 130.000 pessoas em 2012.