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Agroindústria

Criadores vivem expectativa de recuperação do frigorífico Diplomata

Avicultores integrados de Capanema, no PR, estão apreensivos. Semana que vem, eles devem decidir o futuro do frigorífico.

Criadores vivem expectativa de recuperação do frigorífico Diplomata

Erico Kieling investiu quase R$ 100 mil em dois aviários em Capanema, sudoeste do Paraná. Ele aumentou a estrutura da propriedade e trocou o sistema de ventilação. O ânimo para fazer os empréstimos no banco veio do bom desempenho da atividade, que tem dado certo. O criador tem recebido mais pelo frango. “Antes a gente recebia R$ 0,40 ou R$ 0,45 por cabeça e hoje estamos recebendo até R$ 0,69, já é uma grande diferença”, conta.

Outro motivo que anima o avicultor é ver o bom desenvolvimento das aves isso porque agora elas têm comida a vontade. Bem diferente do cenário de quase um ano atrás.

Com dificuldades financeiras, a integradora Diplomata, que atuava nas regiões norte e sudoeste do Paraná, além de Xaxim, em Santa Catarina, deixou de entregar ração para os frangos e milhares de aves morreram de fome. A empresa também deixou de pagar os criadores, que fizeram vários protestos. A situação se agravou quando o envio dos animais para os alojamentos foram cancelados no fim de 2012.

Em fevereiro, um acordo entre a Diplomata e a Averama, outra integradora do noroeste do Paraná, permitiu que cerca de 100 dos 300 criadores da região voltassem a produzir. A Averama assumiu a produção de frangos e paga para a Diplomata fazer o abate. Desde então, não houve atrasos de pagamentos aos produtores e nem faltou ração, só que chegou a hora de decidir o futuro da Diplomata, que está em recuperação judicial desde agosto do ano passado.

A assembleia final será na próxima terça-feira (5) em Cascavel. A Diplomata deverá apresentar um plano para pagar a dívida, que passa de R$ 500 milhões. Logo depois, os criadores, funcionários, fornecedores, bancos, todos os credores devem votar se aprovam ou não a proposta. Se aceitarem, a Diplomata pode voltar a atuar para tentar se reerguer. Caso contrário, a Justiça vai decidir se decreta ou não a falência da empresa e se a Averama pode ou não continuar utilizando a estrutura da Diplomata.

A assessoria de imprensa da Diplomata não deu detalhes da proposta e informou que a empresa não vai se pronunciar sobre a assembleia.