A Assembleia, que reuniu aproximadamente 250 avicultores do Sul, na tarde de sábado, em Urussanga, decidiu por não paralisar as atividades da categoria. Os produtores de aves que vem enfrentando dificuldades na produção dos animais decidiram esperar um pouco mais.
De acordo com o presidente da Associação dos Avicultores do Sul do Estado, Emir Tezza, algumas propostas apresentadas durante a reunião, feitas pelas integradoras da região, foram aceitas e outras não. “A JBS havia se propôs a assumir os financiamentos dos avicultores junto aos bancos e descontar dos produtores os valores, mas decidimos não aceitar já que ficaríamos ainda mais na mão das empresas”, resume Tezza.
Segundo o presidente, as agroindústrias ainda se comprometeram a reintegrar os aviários que haviam sido desligados durante este ano. “Se comprometeram também a assumir o valor da mão de obra”, coloca.
A reivindicação principal dos produtores, relacionada ao preço pago por cada ave, continuou sem uma definição clara. “Não conseguimos entender o cálculo apresentado pelas empresas referente ao preço pago pelas aves. Até sabermos qual será o índice de aumento que virão nos próximos lotes iremos aguardar para darmos continuidade nas próximas ações”, pondera Tezza, reforçando que o momento não é bom para os produtores e a perspectiva para atividade a longo prazo também não.
O valor médio por pago por ave está em R$ 0,40, segundo os produtores, o valor deveria ficar, pelo menos, em R$ 0,80.
Novo contrato até 30 de março
Das propostas apresentadas pelas empresas o prazo de 30 de março do próximo ano foi dado para que haja mudança no contrato entre produtores e empresas.
“Eles se comprometeram de sentarmos juntos e reformularmos o documento”, disse o representante da associação. O grupo JBS comprou a Seara, a Agrovêneto e a Tramonto e começou a atuar no estado no início de 2013.