A Marfrig negou hoje, em comunicado protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os rumores de que estaria preparando uma oferta pública de ações para alongar o perfil de sua dívida. Ontem, esses rumores derrubaram os papéis da companhia na BMF&Bovespa. A baixa foi de 6,77%, a maior do Ibovespa.
Conforme o site do Valor informou ontem, a possibilidade de uma emissão de ações existe. Ela foi uma das “ideias” que emergiram em uma reunião com o Itaú BBA em busca de saídas para capitalizar a companhia e melhorar o perfil de sua dívida. Contudo, a decisão de levar adiante a operação ainda não foi tomada.
No fim do segundo trimestre, a Marfrig tinha dívida líquida de R$ 8,7 bilhões, equivalente a 3,73 vezes seu resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês). Do total, R$ 3,1 bilhões venciam em até um ano, mesmo montante dos recursos disponíveis em caixa (R$ 3,02 bilhões).
Também no sentido de alongar as dívidas, a empresa acertou, em agosto, um empréstimo de R$ 350 milhões junto à Caixa, com prazo de pagamento de quatro anos e carência de dois anos.