O Ministério da Agricultura recebeu na noite desta quinta-feira a confirmação de que a contraprova do exame realizado em uma vaca morta no Paraná atestou positivo para a presença do agente patogênico do mal da “vaca louca”. O ministério irá comunicar o resultado na sexta-feira pela manhã à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês). Segundo uma fonte do ministério, o Brasil continua com o status sanitário “insignificante” para a doença.
Suspeitava-se que o animal tivesse morrido de raiva, mas as primeiras análises obtidas pelo Ministério da Agricultura identificaram a presença do príon, uma forma de proteína que é o agente patogênico do mal da “vaca louca” (encefalopatia espongiforme bovina), moléstia neurodegenerativa que pode ser transmitida ao homem na forma da doença de Creutzfeldt-Jakob. A contraprova recebida ontem confirmou o diagnóstico e impõe um futuro de incertezas ao mercado de produção de carne brasileira.
O ministério vai se pronunciar oficialmente nesta sexta-feira pela manhã sobre o caso. Os técnicos da Pasta aguardavam uma contraprova do tecido do cérebro do animal para tirar quaisquer dúvidas sobre a ocorrência da doença e adotar as providências necessárias, uma vez que a doença costuma provocar barreiras comerciais amplas e duradouras à carne bovina do país no exterior.