Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Economia

Alimentos pressionam e IPCA-15 fecha ano em 5,78%

Para Priscila Godoy, da Rosenberg & Associados, os serviços subiram pouco acima do projetado.

Alimentos pressionam e IPCA-15 fecha ano em 5,78%

Depois da perda de fôlego observada em novembro, os alimentos voltaram a subir e foram a principal influência de aceleração no Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que avançou de 0,54% para 0,59% entre a medição passada e a de dezembro e encerrou 2012 com alta de 5,78%. Pressões inesperadas em outros itens, no entanto, elevaram as projeções de alguns analistas para o indicador fechado do mês, que pode superar 0,70%. Caso essa expectativa seja confirmada, a inflação terminaria 2012 entre 5,7% e 5,8%.

Cinco dos nove grupos pesquisados pelo IBGE mostraram preços maiores na primeira quinzena de dezembro, com destaque para alimentação e bebidas, que passou de 0,83% para 0,97%, e despesas pessoais (1,1% para 1,5%), puxado por uma antecipação do aumento do imposto do cigarro e por salários mais altos de empregado doméstico.

O principal impacto positivo no IPCA-15, no entanto, de 0,09 ponto percentual, veio do aumento de 17% das passagens aéreas, após avanço de 11% em novembro, variação que surpreendeu Thiago Carlos, da Link Investimentos. “Apesar de dezembro ser um mês de muita demanda, esperávamos alguma acomodação em relação a novembro, quando os preços já haviam subido bastante, mas ainda assim subiram mais”, diz.

Segundo Carlos, os alimentos também avançaram pouco mais que o previsto. Além disso, como a taxa do item passagem aérea é repetida no IPCA fechado do mês e os alimentos ainda têm margem para continuar em ascensão, a Link revisou de 0,63% para 0,74% sua estimativa para o indicador de dezembro, o que resultou em ajuste da projeção do acumulado de 2012, de 5,7% para 5,8%.

Para Priscila Godoy, da Rosenberg & Associados, os serviços subiram pouco acima do projetado. A analista manteve, contudo, sua estimativa de alta para o IPCA de dezembro em 0,65%, com base na expectativa de que os alimentos atingiram seu pico no IPCA-15 e não devem registrar novas altas.