Depois de alcançar uma receita de R$ 3,1 bilhões em 2010, 13% mais que no ano anterior, e recuperar perdas devido à crise internacional em 2009, a Coopercentral Aurora se prepara para entrar em um novo ano de crescimento.
De acordo com o vice-presidente da cooperativa, Neivor Canton, há previsão de investimentos de R$ 200 milhões em 2011. O comportamento do mercado vai definir os aportes. Mas, na ordem de prioridade, estão aquisições de três unidades hoje arrendadas pela Aurora – a Cooperativa Tritícola Erechim (Cotrel), no Rio Grande do Sul, a unidade de processamento de aves da Avepar, em Abelardo Luz, e unidade da massa falida da Chapecó.
Apesar do plano para 2011 ser mais arrojado, o vice-presidente diz que a Aurora deve acompanhar a movimentação do mercado. A alta de grãos como soja e milho – matérias-primas que respondem por quase um terço dos custos da Aurora – assustou no começo deste ano.
A Aurora mantém, no entanto, a intenção de ampliar a participação dos produtos derivados do leite em seu faturamento. Em 2010, o setor representou R$ 237 milhões em vendas, menos de 10% do valor global. Segundo Neivor Canton, há potencial para que o segmento alcance participação de 20% das vendas da cooperativa.
A unidade de lácteos de Pinhalzinho deve entrar em plena produção ainda em 2011, segundo ele, produzindo leite longa vida, queijos, leite em pó e outros. O processamento irá atingir 1 milhão e meio de litros de leite por dia. Em 2010, a Aurora processou 302,2 milhões de litros, aumento de 22,7% sobre o ano anterior.
Há expectativa de crescimento também na área de aves. No ano passado, as vendas do setor somaram R$ 579 milhões. Segundo Canton, o negócio pode representar 33% das vendas da Aurora este ano. Em 2010, foram abatidos 109,8 milhões de frangos nas cinco plantas instaladas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, alta de 5,44%.
As vendas de carne suína, que totalizaram R$ 1, 675 bilhão em 2010, devem permanecer como principal negócio da Aurora, porém com crescimento pouco elevado ou estável, avalia Canton. As sete plantas de processamento de suínos em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul abateram 3,331 milhões de cabeças ano passado, com aumento de 1,4% em relação a 2009.