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Agroindústrias

Aurora comenta abertura chinesa

Coopercentral avalia positivamente resultados conquistados por missão brasileira à China. "Mas não será imediato".

A Coopercentral Aurora avalia positivamente os resultados conquistados pela missão brasileira à China, capitaneada pela presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Depois de cinco anos de negociações, a China deve iniciar a importação de carne suína diretamente das agroindústrias brasileiras. Para o presidente da Aurora, Mário Lanznaster, a notícia agradou especialmente, já que a Cooperativa Central é uma das três empresas aprovadas pelo governo chinês para importação.

Em outubro de 2010, uma comitiva chinesa visitou oficialmente 13 agroindústrias no Brasil e três foram classificadas para exportação de carne suína: Coopercentral Aurora (SC), Cotrijuí (RS) e Rio Verde – BRF (GO), as outras 10 foram condicionadas à melhorias internas ou de controle e serão liberadas quando o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) aprovar/aceitar as adequações. O Brasil também ofereceu mais 13 unidades que ainda não foram visitadas e que, a partir de agora, a China deve enviar questionários para futuras visitações.

Atualmente, a China consome a carne suína brasileira através das importações de Hong Kong, que repassa a carne para a China. Com esse acordo, a exportação será direta: Brasil/China, o que é bom para os dois países. Para a China, porque vai comprar sem atravessador, a preço menor. Para o Brasil, que poderá incrementar as vendas, oferecer cortes mais nobres e entrar num país com população de renda emergente que, certamente, aumentará o consumo de carne progressivamente nas próximas décadas. O consumo da carne de frango confirma essa expectativa: em 2009, a China importou do Brasil 20 mil toneladas e, em 2010, pulou para 120 mil toneladas.

A China é o maior produtor mundial de suínos, com plantel de 446 milhões de cabeças. No mundo inteiro são 774,5 milhões de cabeças e no Brasil o plantel é de 33,5 milhões de cabeças. Já em termos de produção, a China produz metade da carne suína do mundo com 48,7 milhões de toneladas e consome 100% de volume. O Brasil produz 3 milhões de toneladas e exporta 600 mil toneladas de carnes suínas. Dentro desse cenário está Santa Catarina que produz 750 mil toneladas e exporta 170 mil toneladas de carnes suínas.

Lanznaster, porém, faz uma ressalva no que diz respeito ao prazo para a concretização dessas exportações. “Não é imediato. O aumento nas exportações vai ocorrer gradualmente. A partir de agora virão missões comerciais da China para acertar os detalhes, como tipo de corte, por exemplo, e acredito que as primeiras exportações sejam efetivadas lá pelo mês de setembro deste ano”, explica.