Apesar da receita líquida recorde e do resultado operacional positivo, o Minerva S.A fechou o primeiro trimestre deste ano com um prejuízo de R$ 23,2 milhões, ante um lucro líquido de R$ 1 milhão no mesmo período de 2009.
De acordo com o diretor de relações com investidores do Minerva, Ricardo Bonzo, o prejuízo foi decorrência da variação cambial, que afetou as dívidas em dólar. Também contribuíram para o resultado os custos com a emissão de bônus de US$ 250 milhões e o pagamento antecipado de dívidas de curto prazo “que estavam caras”.
A receita líquida no primeiro trimestre foi recorde – R$ 744,4 milhões, 28,7% mais do que no mesmo intervalo de 2009. A empresa cresceu no mercado doméstico e na exportação. Das vendas totais, R$ 240,1 milhões foram no mercado interno (alta de 15,8%) e R$ 535,6 milhões no exterior (avanço de 26,9%). Segundo Bonzo, o Minerva cresceu no Oriente Médio e Ásia em parte por conta das restrições argentinas às exportações.
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Ele destacou que operacionalmente o desempenho do Minerva foi “muito bom” no trimestre, com um lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização (lajida) de R$ 53,3 milhões, alta de 66,2%. O alto nível de utilização da capacidade instalada (de 84%) foi um dos fatores positivos. Com a emissão do bônus, o Minerva alongou suas dívidas e reduziu a alavancagem, explicou Bonzo. No fim do trimestre, a relação dívida líquida sobre Lajida era de 4,35 vezes.
