O preço da carne acumula alta de 26,79% no ano e, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o grande responsável pelo maior aumento da “inflação oficial” desde abril de 2005, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O item “carnes” teve a maior contribuição individual do mês, 0,25 ponto percentual, tomando conta de 30% do índice do mês.
De acordo com a pesquisa do IBGE, a carne-seca ficou 7,05% mais cara em novembro e 18,48% no ano. Já o frango passou a custar 3,35% a mais, registrando alta de 9,42% no ano.
Com isto, o impacto dos alimentos no resultado do mês chegou a 0,51 ponto percentual, o que significa que o grupo respondeu por 61% do índice de inflação.
O mês de novembro caracterizou-se pela maior taxa do grupo “alimentação e bebidas” desde dezembro de 2002, quando a alta foi de 3,91%.
Outros alimentos
O açucar cristal continuou apresentando fortes aumentos de preço, subindo 8,57% em novembro, ao passo que o açucar refinado foi para 6,52%.
Alguns produtos alimentícios ficaram mais baratos, com destaque para o feijão carioca. O quilo do feijão carioca ficou 6,64% mais barato em relação a outubro. Mesmo assim, considerando o preço do quilo, quase dobrou em relação a dezembro de 2009, está 95,85% mais caro. Tomate (-3,84%), arroz (-1,22%) e cebola (-3,95%) também apresentaram preços em queda.
O IPCA refere-se às famílias com rendimento mensal de 1 a 40 salários mínimos e abrange nove regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém), além do município de Goiânia e do Distrito Federal.