Antes de realinhar os avicultores na criação de frangos, a Brasil Foods tenta zerar débitos do setor ligados à produção de perus. Para isso, oferece renda mínima, considerada suficiente para quitação de parcelas de financiamentos.
A empresa se prontificou a pagar pelo tempo em que os aviários permanecem parados. A atividade começou a ser reduzida há seis meses e os abates foram paralisados no início deste mês.
A indústria informa que, decorrido um mês do último abate, passa a remunerar o produtor com uma ajuda de custo de R$ 1,2 mil/mês por aviário padrão (1.200 metros quadrados). A medida visa evitar a demissão de funcionários e a favorecer a conservação das instalações. Trata-se ainda de garantir renda mínima para aqueles que têm na avicultura sua única fonte de recursos.
Os financiamentos antigos, que preocupavam os avicultores quando a desativação dos criadouros de perus começou a ser aventada, estão em dia, segundo a indústria. O dinheiro da renda mínima seria suficiente para os produtores quitarem as prestações. A previsão é que esses financiamentos sejam 100% quitados dentro de um mês.
Em relação à troca de equipamentos, a Brasil Foods se comprometeu a gerenciar a tarefa, assumindo 100% dos custos da mudança. O valor a ser empregado pela empresa em cada aviário será de aproximadamente R$ 70 mil. Conforme a empresa, todos terão um mesmo padrão de equipamentos que, além de novos, adotam tecnologia igual ou superior à do sistema de criação de perus. O total a ser investido no sistema produtivo deve passar de R$ 50 milhões.
Os novos contratos ainda estão sendo apresentados aos avicultores. O documento é repassado no momento da quitação das dívidas ligadas à criação de perus ou da troca de equipamentos, informa a Brasil Foods. A empresa vem levantando a situação de cada propriedade. Informa já ter percorrido 110 aviários em Castro e Piraí do Sul.