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Câmara Setorial da Soja cria grupo de logística para escoamento da produção

O foco da equipe será o transporte ferroviário. A justificativa é que o valor pago pelo produtor para utilizar o sistema.

Redação (11/03/2009)- Um grupo temático sobre infraestrutura e logística de transporte para escoamento da produção de soja no Brasil foi criado durante a 3ª reunião ordinária da Câmara Setorial da Cadeia da Soja, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nesta terça-feira (10). O foco da equipe será o transporte ferroviário. A justificativa é que o valor pago pelo produtor para utilizar o sistema é até 10% menor que o transporte rodoviário. “O desenvolvimento do transporte nas ferrovias diminui os gastos com a produção e aumenta a competitividade. Quem ganha com isso é o produtor”, destaca o coordenador das Câmaras Setoriais, Paulo Marcio Araujo.

Segundo o presidente da Câmara Setorial da Soja, Rui Prado, a proposta é que o sistema de transporte sobre trilhos chegue aos principais locais de produção. Prado, acredita que o tema é imprescindível para melhorar, ainda mais, o comércio da commodity. “O Brasil é um país competitivo na venda da soja, mas precisamos urgentemente que a ferrovia chegue aos locais de produção, para que o País se torne também competitivo no transporte do produto”, afirmou.

Coordenado pela Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso (Aprosoja), o grupo será formado por representantes do Ministério dos Transportes, da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Associação Nacional dos Exportadores de Ceraeais (Anec), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e a Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra).

Pesquisa – O desafio das pesquisas com a soja e a importância da parceria do setor produtivo com as instituições públicas de investigação científica também foram temas da reunião desta terça-feira. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) indicou o melhoramento das variedades de sementes como um dos principais pontos a serem desenvolvidos no setor. Detentor do maior programa de soja convencional do mundo, o Brasil precisa, agora, segundo a Embrapa, incrementar os trabalhos com diferentes linhas de soja transgênica, que sejam mais resistentes a pragas, como a ferrugem e o mofo branco.

Mofo branco – Os participantes da Câmara viram, ainda, panorama da situação de uma das principais pragas da cultura da soja, o mofo branco. Dados da Embrapa apontam que a praga tem provocado perdas de 40% na produção de soja no Brasil. O mofo branco foi detectado pela primeira vez no País no ano de 1921, em São Paulo, na cultura da batata e, hoje, as principais ocorrências estão nas culturas de soja em Goiás e Minas Gerais.

A Embrapa e a Universidade de Rio Verde/GO estudam medidas de controle que vão do desenvolvimento de variedades mais resistentes de soja até o controle químico e biológico da praga, que ainda ataca culturas como algodão, feijão, tomate, ervilha.

A próxima reunião ordinária da Câmara Setorial da Soja está prevista para 19 de maio, em Brasília.