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Mercado Interno

Produtores e frigorífico não têm acordo

Parcelamento da dívida dos frigoríficos não foi definida.

Durante reunião realizada na manhã de ontem (14), entre representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), pecuaristas de Vila Rica (1.259 km de Cuiabá) e diretores do Grupo Frigorífico Quatro Marcos, não se conseguiu chegar a um consenso. Segundo informações do presidente da Famato, Rui Prado, o setor sugeriu que o grupo efetuasse o pagamento de 50% da dívida que há com o produtor, o restante (50%) poderia ser parcelado. No que tange à esfera estadual, o setor cobra a redução do valor da taxa do ICMS do boi em pé.

Quanto à proposta apresentada ao grupo, sobre o parcelamento da dívida, ainda não há uma resposta concreta. De acordo com Prado, o grupo não tem apresentado propostas que venham minimizar a angústia do setor. “Até o momento não tem nada definido. Eles estão irredutíveis com relação a nossa proposta apresentada”. Prado disse ainda que o grupo Quatro Marcos tem alegado que o não-fornecimento dos animais provoca entraves no giro de capital da empresa.

Para tentar buscar uma saída para o setor, o presidente da Famato cobrou novamente do governador do Estado a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) do boi em pé. Hoje a comercialização do boi em pé está em 7% sobre a pauta da carne. O setor produtivo sugere que o governo reduza para 2% a cobrança da taxa. A solicitação foi reforçada via telefone, durante a reunião. O governo ainda analisa a sugestão.

Conforme o presidente do Sindicato Rural de Vila Rica, Ivan Pelissari, caso o governo reduza a taxa do imposto, esta medida vai possibilitar ao segmento fornecer animais em unidades frigoríficas de outros estados, como Pará, Tocantins e São Paulo. “A localização geográfica do nosso município favorece o fornecimento dos animais. Por exemplo, nós estamos a 40 km do asfalto que dá acesso ao estado do Pará”, comentou Pelissari, lembrando que tentar buscar outras unidades em Mato Grosso não será tão viável devido às péssimas condições da malha viária.