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Economia

BM&F prepara novos contratos para soja e etanol

BM&F oferece contrato de opções de balcão, flexível e simplificado para soja e etanol.

O diretor de Commodities da BM&FBovespa, Ivan Wedekin, apresentou nesta terça-feira (5) alguns novos produtos e serviços em desenvolvimento na Bolsa, voltados ao agronegócio. Entre eles está um contrato de opções de balcão, flexível e simplificado, para soja. “Um dos objetivos é dar ao produtor alternativas mais simples de seguro de preço”, disse o executivo.

O novo modelo de contrato, que a bolsa tentará apresentar em agosto, teria liquidação financeira com base no preço futuro da soja em Paranaguá; data predefinida para o exercício da opção pelo produtor (opção europeia); tamanho livremente pactuado entre as partes; inclusão ou não de garantias. Ao exercer a opção, o produtor não ganharia uma posição no mercado futuro.

Outro produto em desenvolvimento apresentado por Wedekin é o contrato futuro de etanol hidratado, com lançamento possivelmente no segundo semestre. Ele teria liquidação financeira, em reais; formação de preços em Paulínia (para a produção originária do Centro-Sul); liquidação no vencimento por indicador de preços (nos moldes do boi gordo e milho).

“Todo mundo diz à Bolsa que quer um contrato futuro de etanol”, disse Wedekin. Ele lembrou que já existe um contrato para álcool anidro, usado por exportadores, e que a nova possibilidade serviria principalmente ao mercado interno e para dar orientação ao setor. “Não existe nenhuma bolsa no mundo que dê uma luz sobre o preço futuro do etanol”, afirmou o executivo, no seminário “Perspectivas para o agribusiness em 2009 e 2010”.

O executivo listou mais duas iniciativas em preparação pela BM&FBovespa, ambas a serem lançadas em setembro ou outubro: contratos de opções com ajuste de preços para boi gordo e café; e a criação de market makers para opções agropecuárias. Wedekin comentou que o novo contrato de milho, com execução financeira, lançado em setembro do ano passado, chegou em abril aos 10,5 mil contratos abertos. “O milho precisou de seis meses para passar a marca das 8 mil posições abertas. Para passar a mesma marca, o contrato similar de soja precisou de mais de 22 meses e o de boi gordo, mais de 16 meses. “Queremos expandir essa possibilidade para outros mercados do agronegócio brasileiro”, disse Wedekin.