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Economia

China deve sustentar avanço da avicultura

Para Francisco Turra, a demanda chinesa deve sustentar o avanço da avicultura brasileira.

A China ainda não começou a emitir as licenças para importação de carne de frango do Brasil, mas a promessa de abertura definitiva depois da visita da missão empresarial chefiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada, sustenta a projeção de crescimento do setor este ano, de 5% sobre a produção e exportação de carne de frango de 2008.

“Após uma relação conflituosa desde 2005 o país finalmente se abriu, mas é um mercado complicado, há muita burocracia e temos que ter muita paciência”, disse ontem o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef), Francisco Turra.

Em 2008 a produção dos frigoríficos brasileiros cresceu 11%, para 10,9 milhões de toneladas (3,6 milhões ao exterior), e neste ano as exportações é que puxarão o setor. “A projeção está centrada na abertura do mercado da China”, disse. O executivo conta com os reflexos positivos do início dos embarques para a Índia, em 2008, e para a Argélia, há dois meses, e lembrou que o Brasil quer acessar Indonésia, Malásia, Nigéria e México.

Turra não fez estimativas sobre o potencial de vendas para a China, mas disse que o país importa perto de 1 milhão de toneladas por ano, diretamente ou através de Hong Kong, e é tão “emblemático” quanto a União Europeia. Desde o fim de 2008, 24 frigoríficos brasileiros foram habilitados para exportar aos chineses e, segundo o presidente da Abef, pelo menos dois grandes importadores daquele país já encaminharam pedidos de licença para iniciar as compras.

No primeiro quadrimestre as exportações brasileiras subiram 2% em relação ao mesmo período de 2008, para 1,174 milhão de toneladas. Em março a tendência de queda se inverteu e em abril os embarques alcançaram 329,9 mil toneladas, ante 270 mil no mesmo mês de 2008. A receita somou US$ 1,690 bilhão, queda de 17% sobre os quatro primeiros meses de 2008, segundo a Abef, influenciada pelos preços que recuaram da média de US$ 2,10 o quilo antes da crise para US$ 1,30 em janeiro e fevereiro. “Agora estamos chegando a US$ 1,50 a US$ 1,60”, explicou.