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Suinocultura

Os fatos marcantes de 2009

<p>Os presidentes das principais associações estaduais da suinocultura nacional apontam os acontecimentos que marcaram o setor neste ano. Gripe H1N1, crise e mercado russo foram alguns pontos destacados.</p>

O setor suinícola nacional quer esquecer o ano de 2009. A desvalorização dos preços pagos pela carne suína, tanto no Brasil como no exterior, e a queda da rentabilidade do produtor e das empresas, são apontados como os grandes reveses do ano. Entretanto, outros acontecimentos também que marcaram a suinocultura em 2009. O aumento da produtividade e da produção brasileira de suínos, do consumo per capta no País e o surgimento da gripe A(H1N1) foram alguns deles. 

Suinocultura Industrial perguntou aos líderes das principais associações de classe do Brasil qual o fato mais marcante da suinocultura em cada Estado. As respostas, você acompanha a seguir. 

Rio Grande do Sul – Para Valdecir Folador, presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul  (Acsurs), o fato mais marcante de 2009 foi a  não participação dos suínos na Expointer, depois de 25 anos. “Na mídia, em especial, repercutiu muito o pavilhão de suínos da Expointer, totalmente vazio, com um silêncio que, inclusive, gerou uma notícia muito propícia ao fato [O silêncio dos inocentes]”, afirma Folador. “Os suínos não participaram da feira em virtude de uma possível contaminação pela gripe A(H1N1). Por estarem em contato permanente com as pessoas, foi necessário protegê-los”. 

Santa Catarina – Para Wolmir de Souza, presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), foi a abertura do mercado russo para a carne suína do Estado. “Apesar de não ter trazido reflexos positivos, a abertura do mercado russo em junho foi uma vitória para Santa Catarina e para a suinocultura catarinense”, disse.

Paraná- “O fato mais marcante neste ano de 2009 aconteceu em novembro, quando foi realizada em 15 cidades do Estado do Paraná uma união de produtores, com festas para divulgação da carne suína, tendo um público estimado em 60 mil pessoas”, afirma o presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), José Luiz Vicente da Silva.

São Paulo – O presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira Junior, cita dois fatos marcantes na suinocultura de São Paulo em 2009. O primeiro, é a importância de continuar trabalhando no selo de certificação, que valoriza a qualidade sanitária e sócio-ambiental da carne suína paulista. “Inclusive passamos um ano sem problemas sanitários, continuamos o processo de vacinação contra aftosa, o que garantiu manter o status sanitário do Estado de São Paulo”, pontua Ferreira. O segundo foi a forte atuação da Bolsa de Suínos em 2009. “Ela realmente conseguiu diminuir grandes distorções que estavam no mercado. Ajudamos muito o produtor”, afirma. “Naqueles momentos difíceis que estávamos passando, uma especulação violenta em relação à gripe, a bolsa veio, se posicionou, comprou e vendeu”.

Minas Gerais – Para o presidente da Associação Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), João Bosco Martins de Abreu, o aumento de oferta e consequentemente queda nos valores praticados foi o fator mais marcado para a suinocultura mineira em 2009. “Esse desequilíbrio de mercado comprometeu a lucratividade dos produtores”, afirma.

Espírito Santo – A campanha de marketing envolvendo a carne suína foi o grande destaque da suinocultura capixaba, de acordo com o presidente da Associação dos Suinocultores do Espírito Santo (Ases), José Puppin. “A participação da suinocultura capixaba junto ao Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) mostrou o nosso empenho”, disse. “Temos uma significativa organização e isto tem contribuído para que importantes parceiros passem a nos apoiar”.

Mato Grosso – Luis Salles, presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), acredita que o maior impacto em 2009 no Estado de Mato Grosso foi a instalação de indústrias do terceiro setor. “Além da possibilidade de aumento no número de matrizes”, destaca.  

Goiás – José Marcelino Pereira, presidente da Associação Goiana de Suinocultores (AGS), acredita que os maiores problemas de 2009 foram a gripe A(H1N1) e a entrada dos animais do Mato Grosso no Estado de Goiás. “Um fator positivo, foi que agora, no final do ano, tivemos aumento no consumo da carne suína”, diz.

Distrito Federal – De acordo com Marcelo Lopes, presidente da Associação de Suinocultores do Distrito Federal (DFSuin), o fato mais marcante para a suinocultura do distrito foi o Festival Sabor Suíno. “Trata-se de um festival gastronômico que levou a carne suína, sob a leitura de grandes chefs da cidade, a 32 restaurantes, em novembro  e dezembro”, explica. “A ação tem o intuito de aproveitar o efeito multiplicador dos clientes dos restaurantes, que são excelentes formadores de opinião”.

Pernambuco – Para Lula Malta, presidente da Associação dos Suinocultores do Pernambuco (Aspe), a maioria das fatos foram negativos esse ano. Mas, um fato positivo no Estado foi o simpósio realizado pela Aspe para promover a carne suína, além do apoio da ABCS junto às entidades estaduais. “Também estamos preparando para o próximo ano um trabalho de gastronomia da carne suína em um dos maiores eventos do Estado”. 

Sergipe – A criação da Associação de Suinocultores em Sergipe (Suin/SE) foi o principal fato marcante do Estado, de acordo com Evairton Brito, o presidente da entidade. “Agora Sergipe, que é formado essencialmente de pequenos suinocultores, começa a se organizar”, falou. 

Bahia- Marcelo Correa, presidente da Associação Baiana de Suinocultores (ABS) pontua a criação da entidade estadual como principal fato do setor suinícola da Bahia em 2009. 

Ceará – O presidente da Associação dos Suinocultores do Ceará (Asce), Paulo Helder, afirma que o episódio da gripe A(H1N1) marcou demais a suinocultura cearense neste ano.

Mato Grosso do Sul – O presidente da Associação Sul-Matogrossense de Suinocultores (Asumas), Arão Antonio Moraes, apontou, o preço do milho como o fato mais marcante de 2008.