O período de chuvas começou cedo este ano em várias regiões do País. Em Minas Gerais e Rio Grande do Sul, elas têm sido boas para as lavouras de milho.
No noroeste do Rio Grande do Sul, as plantações de milho estão vistosas. 65% das lavouras do Estado estão na fase de desenvolvimento vegetativo.
Em Cruz Alta, noroeste gaúcho, os agricultores estão satisfeitos. “Hoje o quadro é muito favorável. Nós estamos com temperaturas mais baixas, 16 graus á 18 graus à noite em média. Durante o dia, de 24 a 25 graus. Então esse quadro está excelente para a cultura do milho nessas localidades”, afirma a agrônoma, Larissa Doerr.
Embora a área plantada com milho na safra verão tenha reduzido em média 7%, segundo a Conab, a estimativa de produção no Rio Grande do Sul deverá ficar em cinco milhões de toneladas, 17% a mais se comparado com o ano anterior.
O agricultor Maurício de Bortoli plantou 480 hectares. Ele está contente com a produtividade. Deve colher 200 sacas por hectare. A única preocupação é com o preço. Hoje, a saca de 60 quilos está custando em torno de R$ 17. No ano passado, saia por R$ 21.
“Aí é a grande questão se o mercado interno aquecer pela redução da área plantada no Rio Grande de Sul que a gente sabe que reduziu bastante. A gente tem uma expectativa de conseguir comercializar a um preço mais coerente que o do ano passado e conseguir lucratividade melhor”.
Minas Gerais As plantas do milho semeado há pouco mais de 20 dias, mostram vigor. Para a safra 2009/2010 o agricultor Cláudio Nasser, de Patos de Minas, manteve a mesma área do ano passado, de 1,1 mil hectares. O clima ajudou a terminar o plantio no tempo certo. Ele está otimista.
“Nós estamos com as lavouras num estágio de 25 dias, com bom desenvolvimento. Acreditamos que vamos ter uma boa produção”, avaliou Nasser. Este ano, a diferença é que as chuvas chegaram bem mais cedo. Isso contribuiu para o melhor desenvolvimento da planta.
“Está chovendo em torno de 180 a 200 milímetros ao mês. É fundamental essa distribuição uniforme de chuvas, traduzindo numa lavoura num estado vegetativo muito bom”, explicou Osvaldo Ferreira, agrônomo da Emater.
Um exemplo dos benefícios da regularidade da chuva em Minas Gerais este ano pode ser visto na lavoura do seu João Martins Corete, em Patos de Minas. O milho plantado há quase 70 dias já mostra as espigas. Geralmente, ele utiliza a irrigação. Mas este ano o equipamento ficou parado, gerando economia de água e energia elétrica.
“Com 70 dias parado com a irrigação eu deixei de gastar R$ 19 mil reais. Isso representa hoje, com o milho a R$ 17 a saca, 1.100 sacas de milho. Esse vai pro meu bolso”, disse o agricultor João Martins Corete.
De acordo com a Conab, a produção de milho em todo o Brasil, na safra de verão, deverá ser de 34 milhões de toneladas, 1% mais do que na safra anterior.