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Economia

Produção de suínos deve aumentar 8% em 2009

<p>Crise financeira e H1N1 não prejudicam a produção suinícola brasileira. Bom comportamento do mercado interno é destacado na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Aves e Suínos.</p>

Nem crise financeira, nem influenza H1N1. Apesar dos dois impactos negativos para o setor, 2009 foi um ano positivo e deve registrar incremento de 8% na produção de suínos. Esta foi a avaliação dos participantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Aves e Suínos, realizada ontem (24/11), na sede do Ministério da Agricultura.

“O balanço é o de que 2009 foi um ano difícil, mas que mostrou um bom comportamento do mercado interno”, resumiu à Agência Estado o presidente da Câmara e conselheiro de relações com o mercado da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Rubens Valentini.

De acordo com ele, o incremento de 8% colabora para que a produção atinja 3,2 milhões de toneladas de carne este ano. Esse excedente foi direcionado praticamente todo para o mercado doméstico, já que as exportações permanecem estáveis em relação ao ano passado, em aproximadamente 600 mil toneladas.

Valentini destacou que grande parte da expansão da produção deve-se ao aumento do uso de vacinas contra a circovirose. Com o combate à doença, a produção foi maior em número de animais e registrou também mais qualidade, já que os porcos apresentaram mais homogeneidade.

Outro aspecto que contribuiu para o crescimento da produção este ano, de acordo com o presidente da Câmara, foi o aumento médio do peso dos animais, que passou, de 102kg/103kg para 105kg/108kg. “Esse aumento de peso não deve ficar restrito a 2009. É algo que veio para ficar”, previu.

Para o próximo ano, Valentini conta com um acréscimo da atividade com suínos em torno de 2%. Esse crescimento deverá ser atribuído, ao contrário deste ano, ao mercado externo. Isso porque, segundo ele, houve redução da produção em países como Canadá e Estados Unidos e a tendência é que o Brasil abocanhe essa fatia.

Gripe

A possibilidade de haver uma propagação da influenza H1N1 entre os animais não preocupa o presidente da Câmara, embora haja notícias sobre o assunto na Argentina, Inglaterra, Estados Unidos e Canadá.

“A possibilidade de contaminação sempre existe. Não tivemos ainda no Brasil, mas pode vir a acontecer, mas não tem ninguém arrancando os cabelos por conta disso. Nem aqui e nem lá fora”, considerou. Ele ressaltou, porém, que é preciso verificar como o vírus se comportará durante o período de inverno no Hemisfério Norte.