Há 50 anos, a produção de apenas um hectare de terra cultivável era suficiente para alimentar duas pessoas. Em 2025, sem áreas disponíveis mas com uma população em constante crescimento, o mesmo hectare precisará garantir alimentos para cinco pessoas. Como isso será possível? Por meio de tecnologias inovadoras para o campo, entre elas novos ativos de defensivos agrícolas.
E a indústria tem feito sua parte. Segundo Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), que engloba 16 empresas, entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões são investidos em pesquisas. Para que novas moléculas se tornem produtos, como herbicidas ou fungicidas, as indústrias realizam pesquisas em seus laboratórios que podem durar até 10 anos e são estudadas entre 200 mil e 400 mil moléculas.
Para o diretor executivo da Andef, José Otávio Menten, o setor de defensivos tem um papel muito importante para a produção de alimentos, que por sua vez tem muita influência no meio ambiente. “Por isso a agricultura tem que ser bem feita”, afirma ele, ressaltando que a associação procura capacitar produtores sobre o uso correto, para assegurar melhor qualidade de alimentos.
Sobre a importância do setor na produção de alimentos e o quanto o processo evoluiu, Mentem relembra quem no final do século 19, na Irlanda, uma doença que atingiu a produção da batata resultou na morte de cerca de 2 milhões de pessoas. Mais de cem anos depois, o diretor da Andef ressalta, entre outras práticas, que o setor de defensivos agrícolas produziu produtos que possibilitou encontrar medidas para minimizar o impacto da ferrugem asiática na soja e evitar, por exemplo, perdas nas safras e até mortes.